Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Lenda da origem do vinho na Lusitânia


Um dia há muito anos Baco fez uma visita ao seu amigo Endovélico, o Deus da Lusitânia.
Atravessou as serras e subiu penosamente ladeiras até chegar a terras banhadas pelo rio Dão. Quando chegou a uma tosca cabana de pedra e troncos, onde vivia um casal lusitano com um filho gritou:
Pelos Deuses dai-me de beber!
O lusitano entrou na cabana e regressou com uma caneca de barro cozida ao sol, cheia de água.
Água? Por acaso não tendes vinho?
O lusitano arregalou os olhos, coçou a barba e voltou-se espantado:
Não. Nós não sabemos o que isso é. Quereis vós comer? E sem esperar resposta voltou com uma perna de cabrito montanhês. À despedida, Baco, estava comovido pela franca hospitalidade do luso e disse-lhe:
Ainda um dia hás-de saber o que é vinho.
Alguns anos mais tarde os legionários vieram a casa do luso, e cada um deles abriu uma vala e plantou uma videira. Quando partiram colocaram uma tabuleta nos bacelos onde se poderia ler: "Baco oferece reconhecido”.
Aquelas cepas foram crescendo em mais tarde deram saborosos bagos, cujo suco lusitano espremeu para beber no Inverno numa comunhão de força e rejuvenescimento, e assim daquelas uvas que eram uma delícia do bom Baco, havia nascido o grandioso e salutar vinho do Dão.
 

Tríade

A Tríade é o dogma universal.


Simboliza: 

Na Magia: - Princípio, Realização, Adaptação;
Na Alquimia: - Azoth, Incorporação, Transmutação; 
Na Teologia: - Deus, Encarnação, Redenção; pensamento, amor e acção;
Na Família: - Pai, Mãe e Criança.
Na Wicca: - Nascimento, Crescimento e Morte; A Deusa tríplice (a virgem, a mãe e a idosa)... a Ordem e o equilíbrio. 

A tríade é o fim e suprema expressão de amor, nós só procuramos um ao outro como dois, para se tornar três.

Existem três mundos inteligíveis que correspondem a pessoa com outro por hierárquica analogia; o natural ou físico, o espiritual ou metafísico, e o mundos divinos ou religiosos.

Deste princípio segue-se a hierarquia de espíritos, dividido em três ordens, e novamente subdividiu pela tríade em cada destes. Todas estas revelações são deduções lógicas das primeiras noções matemáticas de ser e número. Unidade tem que se multiplicar para ficar activo. Um princípio indivisível, imóvel e estéril seria morto de unidade e incompreensível.