Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

OS LUSITANOS E A IDENTIDADE PORTUGUESA 2/8

A questão da origem céltica



Apesar das muitas imprecisões e dúvidas, aceita-se geralmente que os Celtas tenham iniciado a sua grande dispersão pela Europa entre o final do século VI e o início do V a.C. A sua pátria de origem situava-se a norte dos Alpes, entre o Reno e o Danúbio.
A grande migração ou invasão celta chegou à Península Ibérica ainda no século V. Os indícios de presença celta no leste peninsular - os campos de urnas funerárias da Catalunha – que remontam ao século VI, ou mesmo antes e que se assemelham à cultura de Halstat B e C não asseguram a existência de uma leva de invasores celtas nessa região, mas apenas traços de culturas aparentadas ; o mesmo se poderia dizer dos dados arqueológicos da presença celta no vale do Ebro e na Meseta Central relativos aos séculos VI e VI.
A migração do século V encontrou a Península povoada por culturas muito variadas, que podemos considerar basicamente em dois grupos bem distintos: os Iberos a leste e sul, e os povos neolíticos e megalíticos no centro e no litoral norte. As culturas de leste e sul são as que se costumam chamar propriamente ibéricas, mas ainda aqui há que distinguir dois conjuntos: os do litoral oriental (actual Catalunha) de maior influência grega, sobretudo de comerciantes da Fócia para lá emigrados com suas famílias; e os do sul, de maior influência fenícia - de Tiro, desde o século XI a.C. Foi nesta área que se desenvolveu a cultura de Tartessos; os mais prováveis integrantes desta região eram os turdetanos, que viviam entre o Guadiana ( o Anas, que conhecemos pelo nome árabe de Wad-i-ana) e o Guadalquivir (wad-al-kebir). Com os tartéssicos e os fócio-ibéricos os celtas entraram em contacto, mas não ousaram atacar as suas cidades ricas e bem defendidas. O nome de celtiberos, e de uma cultura celtibérica, realmente aplicasse a um mosaico de influências diversas, em que a palavra iberos não designa nenhuma origem conhecida, mas apenas uma localização de povos a oriente e a ocidente do rio Ebro - neste caso é o rio que dá nome ao povo que vive na sua vizinhança. A existência de uma fusão entre celtas e iberos é um facto confirmado e generalizado, principalmente nas áreas noroeste mas também oeste da península.
Foi portanto em direcção ao noroeste e à área atlântica que se dirigiram os celtas, sem se aproximar das áreas mediterrânicas mais urbanizadas. Ora também na restante Península havia notáveis diferenças que é preciso ter em conta. O litoral sul, o Cinético (actual Algarve) embora já banhado pelo Atlântico, recebia tal influência tartéssica ( e fenícia e grega) que bem se pode considerar um prolongamento da cultura urbana ibérica; a sua principal cidade era Conistorgis, de localização desconhecida, e os seus habitantes, os cónios, eram em tudo distintos dos demais povos a norte das serras que os separavam da região entre Tejo e Anas, que os romanos chamavam Mesopotâmia (ibérica) e corresponde ao actual Alentejo: aqui os monumentos ainda existentes (por exemplo os dólmenes ou antas próximo de Évora) comprovam um modo de vida rural de tradição megalítica. O litoral do actual Portugal, sobretudo na região entre Tejo e Douro, conhecera por volta do terceiro milénio uma ocupação importante por povos de culturas desenvolvidas, atestada pela presença de grandes torres de pedra ainda visíveis na região de Torres Vedras (Tures Veterae, ou torres antigas); houve aí forte presença de comerciantes fenícios e gregos (ou talvez ibéricos e tartéssicos) mas a sua urbanização e nível económico não eram tão desenvolvidos como os do litoral mediterrânico e cinético; contudo a indústria de peixe para exportação já era importante e prenunciava as grandes indústrias de conserva de peixe do tempo do Império Romano.
Já o norte peninsular era ocupado pelos aguerridos montanheses cântabros e bascos, cuja origem e modo de vida eram muito diferentes dos das cidades do sul, mas que sempre mantiveram forte oposição a contactos e presenças externas. Assim os celtas ao espalharem-se pela Península encontraram facilidades de fixação em apenas duas
regiões: a Meseta central – basicamente a Castela a Nova actual; e a região ocidental ou atlântica a norte do Tejo onde se concentraram. De acordo com os relatos romanos podemos distinguir aí as seguintes áreas e povos: a nordeste do rio Douro, e mais concentrados a norte do rio Minho, portanto no noroeste peninsular viviam os calaicos, cujos descendentes – os galegos - conservam até hoje inúmeros traços comuns aos celtas; entre Douro e Tejo ficavam os Lusitanos, por sua vez divididos em três modos de vida distintos: o das montanhas (actual Beira Interior) vivendo mais da caça e da pastorícia de ovelhas e cabras; o das cidades do litoral (actual Beira Litoral) que viviam da pesca e derivados, do comércio, e tinham uma relativa urbanização; e o dos vales dessas duas regiões, de economia agrícola. A oriente dos Lusitanos, na Meseta Central, viviam os Vetões, que chegaram a ocupar o vale do Tejo, mas daí foram expulsos para a região montanhosa a norte da Extremadura espanhola; e a norte dos Vetões mas a sul do Douro viviam os Vaceus.
Finalmente a sul do Tejo habitavam os célticos, por vezes identificados com os Cempsos (cempsi) e que, ao contrário do nome, não eram tão celtizados como os seus vizinhos a norte. Parece mesmo que teriam mais influência do sul, pois há notícias de que a influência dos Cónios do Cinético se estendera pelo litoral (do actual Alentejo) até ao Tejo; daí teriam sido expulsos pelos celtas e confinados ao actual Algarve.
Estes seriam os principais povos de origem céltica da Península - cada um deles mesclado, em proporções variáveis, com os habitantes anteriores à invasão; mas as fontes romanas indicam muitos outros povos ou grupos menores, como os túrdulos de entre Vouga e Mondego (litoral Atlântico ocidental) citados por Plínio, e possivelmente aparentados com os túrdulos da Bética: os asturianos, entre os calaicos e os cântabros; os brácaros, entre Douro e Minho; e outros que foram anotados pelos romanos como os Presures, Presamarcos, Peúnos, Grávios, Igeditanos. Todos os grupos referenciados, que habitavam no oeste da Península, podem ser considerados como pertencentes ao todo
lusitano apesar de os Lusitanos "puros" habitarem no que é hoje a Beira Interior (Beira Alta e Beira Baixa), em Portugal.
Desta enunciação poucas certezas nos ficam, mas podemos apresentar algumas directrizes de estudo de maior confiabilidade.


1. A presença celta na Península deu-se, sobretudo, na parte ocidental e no litoral atlântico, excluindo todo o extremo sul desde o actual Algarve até ao sudeste e nordeste (Andaluzia, Valência e Catalunha) bem como o extremo norte (actual região basca e proximidades).

2. A grande variedade de povos e diferenças geográficas determinou uma proporção muito variável de elementos celtas na fusão com os povos que já habitavam a Península antes da sua chegada, mas é comum aceitar que a maior densidade céltica se verificou nos vaceus, vetões, habitantes dos Hermínius e região envolvente , brácaros e calaicos.

3. A superioridade económica e técnica das culturas urbanas ditas ibéricas – ou do litoral mediterrânico e algarvio - levou à presença de elementos ibéricos em boa parte da Península, e é neste sentido, cultural e étnico, que se poda falar em povos ou mesmo em civilização celtibérica.

4. Os Lusitanos tinham como principal área de concentração a região entre Douro e Tejo, mas exerceram pressões e influências em todos os sentidos, sobretudo para norte e sul.


5. Ao tempo da ocupação romana os Lusitanos podiam ser designados como um povo originado de culturas neolíticas e megalíticas relativamente desenvolvidas, que receberam impacto das áreas ibéricas, e quando se miscigenaram com os celtas. Muitos nomes de povos que aparecem nos textos romanos podem ser de tribos ou grupos menores integrados ao conjunto dos Lusitanos, e de povos vizinhos, mas distintos.
A presença céltica no território do actual Portugal, porém, apesar de aceite continua a ser discutida: Fernando de Almeida, que na segunda metade do século XX era uma das maiores autoridades em Arqueologia, afirma que os egitanos, ou igeditanos (da região de Idanha-a-Velha, na Beira Interior) eram luso-celtas, e que constituíam um grande aglomerado populacional celta quando chegaram os romanos e a favor desta tese aponta grande quantidade de nomes celtas encontrados em inscrições, além de outros vestígios que assegura serem de origem celta; contudo outros historiadores contemporâneos não têm tanta certeza da presença celta entre os Lusitanos, e esse tema continua a ser discutido, apesar de ser um facto confirmado.
Mas mesmo que se discuta se os Lusitanos eram mais celtas, ou mais próximos à origem neolítica, ou ainda de outra cultura ou grupo étnico, o certo é que por se terem distinguido entre todos os celtiberos durante quase dois séculos na sua oposição à ocupação romana eles tornaram-se um paradigma ou expoente dos povos peninsulares - e por extensão, dos celtas.
Por outro lado a contribuição dos Lusitanos para a formação de Portugal medieval, como antepassados étnicos dos portugueses, é histórica apesar da tentativa de extinção (segundo alguns autores) dos Lusitanos pelos romanos, e apesar da presença de imigrações posteriores, e mesmo com os limites geográficos da ocupação territorial dos
Lusitanos, que coincidem em muito com os portugueses. A hipótese cada vez mais aceite de considerar os Lusitanos como um conjunto de etnias ou grupos aparentados entre si por laços variáveis de ascendência e de traços culturais, celtizados por miscigenação e por intercâmbio cultural, e que são tidos como antepassados reais e simbólicos da nação portuguesa, é correcta. Certamente, os Lusitanos eram um povo unitário, tinham um modo de vida uniforme, embora divididos em tribos, não eram celtas "puros" (se é que os havia nessa época) a sua terra mãe coincidia em muito com os limites de Portugal, apesar de não serem os únicos antepassados dos portugueses - do ponto de vista étnico, histórico, ou cultural, são sem dúvida os principais.

Fonte: http://teotonio.ipv.pt/mailinglists/esi_gsr/pdfuTtUmDWjV4.pdf



Velha Gaiteira



Velha Gaiteira nasceu no Paúl com o intuito de divulgar a gaita de fole transmontana e as percussões tradicionais da Beira Baixa. É um projecto de raiz tradicional cujo repertório serve como homenagem a todas as velhas gaiteiras que mantêm viva a musica enquanto veiculo de comunicação e expressão cultural e identitária. Os seus temas originais partem deste universo rural e pastoril para um novo caminho desbravado todos os dias ao som da gaita, da caixa, do bombo, dos adufes, criando um novo estilo já denominado por Trance Rural Orgânico...



OS LUSITANOS E A IDENTIDADE PORTUGUESA 1/8

Prefácio

 

 

Após o final do século XIV, tornou-se ainda mais frequente evocar entre os estudiosos e escritores portugueses (especialmente os poetas), a convicção de que, primeiramente, os portugueses descendem dos antigos Lusitanos; e em segundo lugar, que os Lusitanos eram um ramo dos celtas continentais. Ambas as convicções foram confirmadas pelos historiadores, principalmente a partir do século XIX, os quais encontraram elementos claros para apoiar as mesmas. De facto, os Lusitanos receberam todas as influências culturais dos Celtas do norte e centro da Europa, e como grupo étnico o seu sangue celta é muito notável. Eles devem, também, e mais concretamente serem chamados Celtibéricos. Quanto à questão destes serem ancestrais dos Portugueses, os Lusitanos aparecem como a principal das muitas contribuições para a composição da nação portuguesa moderna. A identificação entre os Lusitanos e os Portugueses é portanto muito mais do que um caso de construção literária, ou seja, não é apenas o resultado de uma forte influência de doutrinas ideológicas e políticas, sendo uma realidade antropológica e histórica.

Fonte: http://teotonio.ipv.pt/mailinglists/esi_gsr/pdfuTtUmDWjV4.pdf


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Olaria - Lusitaniae Castrum

Saudações a todos!

É com enorme satisfação e entusiasmo que venho anunciar a abertura da olaria do Lusitaniae Castrum. Após alguns anos afastado do artesanato, devido a motivos profissionais entre outros, recomeço agora esta actividade, a qual tenho por hoobie e que das muitas que já tive a oportunidade de experimentar foi sem duvida a que mais prazer me deu. Não menos interessante, falando por mim, nos anos em que estive afastado desenvolvi outra paixão, a escrita. Duas poderosas armas na disseminação da Tradição e do Renascimento da Alma Lusitana.



A ver pela bancada, atendendo que de "madeiras" não percebo nada, julgo que as minhas mãozinhas ainda não perderam a sua magia. Magia essa, optimista e inspiradora,  que pretendo levar até às vossas casas, prateleiras e lugares de culto através das minhas peças, as quais consistirão em figuras devotivas e objectos de decoração ligados às diversas tradições pagãs.  

A olaria do Lusitaniae Castrum iniciará a sua modesta produção dentro de muito em breve, uma questão de dias. Sempre que possa darei novidades a este respeito. Na página destinada à olaria, aquando do acabamento da primeira fornada postarei também as fotos que irei realizar às peças desta resultantes.

Todas as novidades poderão ser também acompanhadas em: http://originesart.blogspot.pt/

Um bem-haja a todos e que os deuses vos tenham em conta!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Trebaruna


Trebaruna ou Treborunnis era a deusa da casa, das batalhas, da morte e da família na mitologia lusitana. O seu nome pode ter originado do celta *trebo runās, que significaria "casa dos segredos".


Dois altares dedicados à deusa já foram encontrados em Portugal, um em Proença-a-Velha (antigamente Egitânia) e outro em Lardosa. Este último tinha as inscrições "TREBARONNE VS (votum solvit) OCONUS OCONIS F (filius)", ou seja "A Trebaruna confirmou seu voto Oconus, filho de Oco". No sítio arqueológico de Cabeço das Fráguas, localizado no município de Guarda, há uma figura que mostra o sacrifício de uma ovelha com a inscrição "Trebarune", sendo que a terminação "-e" indicava o caso dativo do lusitano.


Hoje em dia, Trebaruna tem sido muito cultuada entre os neo-pagãos. Os Moonspell têm também um tema dedicado a esta deusa.


Cristais - Como usar e cuidar


Primeiro é necessário perceber que um cristal tem a capacidade para receber, armazenar e liberar uma ordem, ou uma intenção (sabemos que o maior poder do mago reside na sua vontade e na sua intenção).
Observe também que quando se fala de cristais significa que falamos de quartzos e seus derivados.
Mas o melhor é, sem dúvida, o quartzo hialino ou de uma rocha cristalina, um cristal puro e sem impurezas. A cristalização de preferência deveria ser natural, com o seu extremo em ponta, porque sua estrutura molecular original age como um amplificador de qualquer tipo de energia ou, neste caso, o seu desejo deve ser canalizadas através dele.

Uma vez purificado o mineral para eliminar qualquer tipo de energia residual que possa ter, é preciso seguir alguns passos:

1º Limpa-lo

Deve estar livre de qualquer tipo de pensamento: põe-se o cristal na mão esquerda com a ponta do cristal virada para cima e com a mão direita por cima, cobrindo uma curta distancia. Imagine um feixe de luz branca fluindo através da mão em direção à base do cristal, que sobe pelo seu corpo até a ponta superior. Sinta como essa luz se propaga para os lados e depois volta ao interior novamente.
Assim é apagado qualquer outra programação precedente.

2ª Programa-lo

É necessário pensar naquilo que desejaríamos transmitir a esse cristal, aquilo que desejamos, de preferência visualizando essa pessoa (ou você mesmo) bem com o benefício desejado. Tenha cuidado para não enviar imagens negativas. Desta maneira as imagens são instaladas no cristal e serão logo amplificados pela vibração natural do quartzo, pelos triângulos em espiral da sua extremidade.

Durante 7 dias consecutivos deve-se repetir a programação. Assim a mente e o cristal são condicionados a aceitar e a receber o programa.

O processo para programá-lo é mais específico para os seguintes casos:

2.1 O cristal pessoal

Para meditar, desenvolvimento pessoal, etc.
Para PROTEÇÃO deve visualizar você mesmo em perfeito estado de saúde e felicidade, projecte a imagem dentro do cristal, cerque-o com um escudo protector para repelir qualquer tipo de negatividade que queira entrar dentro do seu campo áureo. Imagine uma bolha em torno de si mesmo, como um escudo, que o protege, mas permite-lhe ver e experimentar o mundo. Outra forma de protecção é construir um espelho em torno do exterior desse escudo que você criou, que retornaria todas as negatividades à sua fonte externa.
Para aumentar a CONSCIENCIA deve projectar a sua imagem com uma luz branca pura rodeando a sua aura. Isto atrairá vibrações superiores de frequências universais que aceleram o teu desenvolvimento.
Para conseguir algum PROPOSITO, deves visualizar-te realizando aquilo que desejas.

Os resultados não são imediatos e quando um começa deve tentar mensagens simples.

E como disse o autor deste livro... tem cuidado com o que desejas pois é o que terá.

2.2 Cristal Curativo

Para tratar doenças espirituais e físicas implante no cristal a imagem mental da pessoa que nós queremos que se cure no estado de saúde perfeito. Se a doença esta localizada em algum ponto do seu corpo deve se visualizar como se dissipa a enfermidade numa nuvem de fumo, vendo a pessoa num estado perfeito de saúde.

2.3 Cristal para outra pessoa

Se prepara da mesma forma q as anteriores, visualizando a pessoa em perfeito estado de saúde e harmonia. Mas se quisermos dar, uma vez programadas terão que ser postos em contacto directo com o corpo, alguns dias para ser impresso nas vibrações do cristal, que foi posteriormente misturado com o novo proprietário.
Esse cristal também pode ser programado para remover bloqueios de desenvolvimento, de cura, meditação ou qualquer necessidade, mas é importante que esta pessoa conheça a intenção do cristal.

2.4 O cristal gerador

Programa-se como um conector para energizar e recarregue outros cristais exibindo um feixe de luz branca, por exemplo, programando grandes geradores com projecções da paz no mundo.


3º Instalar o programa

Cada tipo de cristal, requer um método diferente:

Segurar o cristal com mão esquerda e ponha sua mão direita um pouco mais acima. Segundo o autor, se a base é muito grande você pode colocá-lo em uma superfície plana e é como se estivesse na sua mão esquerda.

Para instalar o programa você tem que sentir que o pensamento de sua mente esta a fluir para a mão que segura a base do cristal que sobe pelo teu corpo ate a ponta do cristal e retorna para o programador para completar o circuito.
Com o calor da mão se excitam os electrões da estrutura interna do cristal, o que irá aumentar a produção de energia até a ponta.

Cristal com 2 terminações

Tem que se segurar com as suas mãos, ligando as duas extremidades do cristal com as palmas das suas mãos. Quando projectas o programa, o pensamento fluirá como um círculo rumo as 2 extremidades simultaneamente. Os electrões de cada extremo fluirão rumo ao centro do cristal, onde se misturarão e começarão a irradiar caminhando de um extremo ou outro, amplificando o pensamento. Neste tipo de cristal o programa será mais poderoso.

Agrupamentos

Trata-se de programar cristais agrupados, mas também serve para um separado. Para fazer isso, você deve projectar uma imagem fácil para eles como se fossem um único cristal. Porque eles compartilham a mesma base, se você tiver um programa para cada um, todos os programas devem ser compatíveis.

Negatividade

Pode ser que após a purificação, limpa-lo e programa-lo ainda haja alguma negatividade. Poderá ser por existir uma incompatibilidade com as vibrações do proprietário. A mesma causa poderia provocar a sensação que o cristal queima ou se projecta imagens desagradáveis numa meditação. Segundo o autor a melhor solução se isso acontecer é enterrar o cristal e esquecer-se deles.

Limpeza

O cristal programada deve ser limpo sob água corrente fria para remover as partículas de poeira que podem interferir. Depois você pode esfregar com um tecido de fibra natural para estimular os seus campos magnéticos. Para limpar as vibrações obtido através da utilização ou do seu tratamento, imersão em água salgada e, pelo menos, 15 minutos e um máximo de 24 horas (dependendo do tratamento que você tem feito). A pessoa q utiliza o cristal para eliminar a negatividade que pode ser anexada a ele, deve-se lavar as mãos em água corrente depois de cada sessão, ou tomar um duche, se você achar melhor

Recarregar o cristal com energia

Se o vidro receber pouca luz solar deve-se deixar ao sol 1 hora todos os dias ou, na falta deste, um dia 5 horas por semana. Deve-se ter em mente que é um cristal para uso quotidiano, por isso é energia positiva para renovar-se.

Precauções

- Não exponha à luz artificial durante muitas horas.
- Não colocá-lo em superfícies magnéticas, que apaga todos os programas.
- Nunca reutilizar a água e o sal utilizado em outros limpeza
- Nunca toque no cristal de uma outra pessoa, a menos que você autorize.
- Não deixe que ninguém lidar com o seu cristal pessoal, que está em sintonia com a sua vibração.
- Não utilize se você está chateado ou irritado.
Se você tem várias janelas, evitar o contanto entre eles.

Fonte: Portugal Pagão

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sangre Cavallum


Sangre Cavallum (Sangue do Rio Cavalum) é uma banda portuguesa de NeoFolk formada em 1997. Os membros da banda são B.Ardo, Corinna Ardo,Jorge Ricardo, R. Coutinho, A. Rangel e Emanuel Melo da Cunha e incluem participações de Gerhard.


Em 1998 publicaram o primeiro trabalho, "Alborada do Douro – Cantares da Terra Castreja". Em 2004 lançaram o álbum "Barbara Carmina", trabalho que os incluiu como uma das melhores bandas nacionais dentro do seu género. Em 2006 lançam o álbum "Barco do Vinho" que incluiu temas da banda austriaca Allerseelen. Os Sangre Cavallum recorrem a diversos instrumentos, que vão desde os instrumentos tradicionais como gaita de foles, lira, flauta ibérica à captação de sons de pedras. As suas letras inspiradas pela tradição local, recorrem frequentemente à cultura popular com a utilização de poemas e dizeres populares.

Ritual de apelo à sorte


Material

- Uma vela laranja
- Incenso

Ritual

À luz de uma vela cor de laranja queime incenso e cantarole (ou recite) a seguinte invocação, sete vezes consecutivas:

Vinde até mim, juntai-vos a mim
Apelo às deusas e aos deuses da justiça
Virai a sorte a meu favor
Fazei-me ganhar
Trazei-me prosperidade, amor e amizade
Que todos os meus empreendimentos tenham êxito
A minha gratidão é vossa para sempre e até ao fim.
Que assim seja.

domingo, 3 de junho de 2012

Magaios


Os Magaios são um grupo de música folclórica, influenciado pela música de tradição oral, com recurso aos instrumentos tradicionais, como o cavaquinho, o acordeão, caixa e bombo tradicionais, construindo temas originais onde está patente a tradição portuguesa e lusitana, existindo também uma ligação muito próxima das tradições musicais celtas e galegas. Os Magaios nasceram em 2011, numa época em que a música folk e as tradições pagãs se fazem sentir com mais fulgor. Nascem de um grupo de amigos, com visões diferentes, mas com uma grande semelhança, o gosto pela música de cariz tradicional.


Ritual para repelir energias negativas


Material

- Espelho.
- Vela preta.
- Vela branca.
- Incenso alfazema.

Ritual

1º Sente-se diante o espelho e medite.
2º Coloque as velas entre si e o espelho, acenda-as e também o incenso.
3º Visualizar as energias negativas a fluir de si para o cosmos através da vela preta e as positivas a fluir do cosmos para si através da vela branca.

Este ritual deve ser repetido por três noites e a cera que sobrar das velas enterrada.


sábado, 2 de junho de 2012

El Espíritu de Lúgubre


El Espíritu de Lúgubre, oriundos da província de Burgos, norte de Espanha, existem desde 1998. Possuindo plena maturidade musical e conceptual, este experiente grupo de músicos, é um verdadeiro defensor da "reinvenção do mundo rural", e da preservação da sua cultura ancestral.
 



Magia das Velas


Existe uma regra básica para queimar velas: para reverter ou remover, queime durante o Quarto Minguante (depois da Lua Cheia, até à Lua Nova); para aumentar ou obter, queime durante o Quarto Crescente (depois da Lua nova até à Lua Cheia). A Lua Nova é a altura de maior poder do ciclo minguante e a Lua Cheia é a altura de maior poder do ciclo crescente.

As velas são por vezes auxiliadas por ervas e outros auxiliares do encantamento, todos apontando para um objectivo em particular. Escolha uma vela que represente o seu objectivo e, com a sua faca ritual, grave nela os seus desejos encantatórios. Usa-se depois um óleo apropriado para ungir a vela. Faça-o espalhando um pouco de óleo na mão de poder e esfregue a vela com um movimento circular.

Se desejar que alguma coisa venha até si, esfregua a vela da ponta para a base. Se desejar remover algo, esfregue da base para a ponta. Role a vela sobre as ervas correspondentes e coloque-a no castiçal.

Suspenda as mãos dos lados da vela e, mentalmente, envie os pensamentos do seu objectivo para a vela. Depois acenda a vela e diga:

Vela de poder, vela de força, cria os meus desejos aqui nesta noite.
Poder, flúi do fogo desta vela. Traz-me o desejo do meu coração.
As minhas palavras têm força, a vitoria está ganha.
Assim digo.
Este encantamento está feito.

Este encantamento simples pode ser usado para praticamente qualquer fim. È aconselhável deixar a vela, ou as velas, num local seguro até arderem completamente.

Tabela das cores das velas


Vermelho: saúde, energia, força, potência sexual, coragem, vontade de poder, para a conquista do medo ou da preguiça.

Rosa: amor, afecto, romance, despertar espiritual, cura do espírito, comunhão.
Amarelo: intelecto, imaginação, poder da mente, criatividade, confiança, persuasão suave, acção, atracção, concentração, inspiração, mudanças súbitas.

Laranja: encorajamento, adaptabilidade, estimulo, atracção, mudanças súbitas, controlo, poder, atracção de coisas boas, mudança de sorte.

Verde: abundância, fertilidade, boa sorte, generosidade, dinheiro, riqueza, sucesso, renovação, casamento, equilíbrio.

Azul: verdade, inspiração, sabedoria, poder oculto, protecção, compreensão, saúde, felicidade, paz, fidelidade, harmonia doméstica, paciência.

Púrpura: sucesso, idealismo, altas capacidades psíquicas, sabedoria, progresso, protecção, honras, contacto espiritual, quebra da má sorte, afasta o mal, adivinhação.

Castanho: atrai dinheiro e sucesso financeiro, influencia os Elementares da terra, concentração, equilíbrio, PES (Percepção Extra-Sensorial), intuição, estudo.

Preto: reversão, desdobramento, anulação das forças negativas, discórdia, protecção, libertação, repele a magia negra e formas mentais negativas.

Branco: pureza, espiritualidade e grandes realizações na vida, verdade, sinceridade, poder pertencente a uma natureza que é elevada, totalidade.

Magenta: frequência vibratória muito alta que tende a trabalhar depressa, portanto, normalmente queimada com outras velas; mudanças rápidas, cura espiritual, exorcismo.

Índigo: meditação, neutralização da magia de outrem, quebra da maledicência, mentiras, ou competição indesejável, equilíbrio do karma.

Dourado: muito boa sorte, intuição, compreensão, adivinhação, sorte rápida, benefícios financeiros, atrai influências superiores, poderes divinos masculinos.

Prateado: remove poderes negativos, vitoria, estabilidade, meditação, desenvolve as capacidades psíquicas, poderes divinos femininos.



terça-feira, 29 de maio de 2012

Ataegina

Ataegina. Mármore, 210x93x72 cm, do artista Pedro Roque Hidalgo. Museu do Mármore, Vila Viçosa (Portugal), 2008.
Atégina ou Ataegina era a deusa do renascimento (Primavera), fertilidade, natureza e cura na mitologia lusitana. Viam-na como a deusa lusitana da Lua. O nome Ataegina é originário do celta Ate + Gena, que significaria "renascimento".


O animal consagrado a Atégina era o bode ou a cabra. Ela tinha um culto de devotio, em que alguém invocava a deusa para curar alguém, ou até mesmo para lançar uma maldição que poderia ir de pequenas pragas à morte.


Atégina era venerada na Lusitânia e na Bética, existem santuários dedicados a esta deusa em Elvas (Portugal), e Mérida e Cáceres na Estremadura espanhola, além de outros locais, especialmente perto do Rio Guadiana. Ela era também uma das principais deusas veneradas em locais como Myrtilis (Mértola dos dias de hoje), Pax Julia (Beja), ambas cidades em Portugal, e especialmente venerada na cidade de Turobriga, cuja localização é desconhecida. A região era conhecida como a Baeturia celta.


Existem diversas inscrições que relacionam esta deusa com Proserpina: ATAEGINA TURIBRIGENSIS PROSERPINA, esta relação aconteceu durante o período romano.


Muitas vezes é representada com um ramo de cipreste.


A banda portuguesa Moonspell possui um tema dedicado a Ataegina, o qual tem como título o nome da própria divindade. Foi editado no álbum Wolfheart, datado de 1995, sendo a sua nona e última faixa. A letra da música sugere que Ataegina seria uma divindade dotada com o poder de exercer vingança a quem a si recorra e/ou rogue, podendo inclusive provocar a morte do(s) visado(s) do acto de vingança pretendido. As alusões à noite (deusa lusitana da Lua) e ao renascimento da Natureza são explícitas, o que vão ao encontro do significado etimológico do seu nome ("Gena" = "Renascimento"). Há igualmente alusões a combates e a vitórias, o que pode indiciar uma acção de protecção de guerreiros em campo de batalha para os conduzir ao sucesso em tempo de guerra.

Roncos do Diabo



Roncos do Diabo, grupo cúmplice de muitas festas e romarias, representante de diferentes gerações, com um gosto comum - a musica tradicional portuguesa.
Tocadores de gaitas transmontanas construídas por Mário Estanislau e Victor Félix, gaiteiros de Roncos do Diabo, fazem questão de montar o baile por onde passam, transformando espaços de silêncio em verdadeiros palcos de folia!



A banda de gaita-de-foles mirandesas (+ grande percussão) Roncos do Diabo editou o seu primeiro álbum. Registo gravado ao vivo em Almada, no Auditório Fernando Lopes-Graça, a 26 de Janeiro de 2008.


“Maxura e Mirandum Carvalhesa”, “Passodoble Português”, “Quero Que Ti Te Fodas”, “Carvalhesa de Vinhais”, “Por Entre Vales”, “Fandango Asturiano”, “Campanitas de Toledo”, “Alvorada”, “Murinheira Burriqueira”, “Adelaida”, “Repaseado de Rio de Onor”, “Saia da Carolina”, “Jota Carvalhesa de Rio de Onor”, “Fado Batido” e Baile das Oliveiras” constituem a «set list» do espectáculo que deu origem ao alinhamento deste álbum homónimo.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Os Lusitanos e a Metalurgia


A par da criação de gado e da pastorícia transumante, outra actividade importante para a economia gentílica dos lusitanos foi sem duvida alguma a metalurgia. O bronze, inicialmente e o ferro, depois, foram trabalhados em alguns castros, os quais se poderiam mesmo ter especializado em tal arte. A presença de moldes em arenito, em cerâmica e em bronze são prova evidente da fundição de tais metais.

A este nível, um dos castros mais importantes seria o da Senhora da Guia de Baiões, pois ali se encontrou o maior conjunto de objectos de bronze de toda a Beira, tais como: foices; argolas; partes de carros votivos; pulseiras e virias; raspadores; taças de servir à mesa, fíbulas; etc. Um dos mais notáveis objectos de toda esta colecção é um molde de fundição de machados de bronze mais um exemplar de machado fundido no mesmo.

As vírias, símbolo de poder, usadas pelas elites guerreiras, eram pulseiras mais largas usadas ao nível do bíceps. Em analogia com outras culturas guerreiras, quantas mais possuísse um guerreiro, maior era a sua bravura e a sua notoriedade.

Algumas das pulseiras eram ornamentadas de modo requintado, por triângulos e linhas ondeadas.

As foices que se conhecem destinavam-se a ser encabadas com um cabo de madeira, através dos pequenos orifícios laterais no alvado que serviriam para a sua fixação.

As argolas, que se destinavam a ser usadas em decoração de arreios e outros objectos e, provavelmente, usadas também como adorno pessoal, são um dos vestígios arqueológicos de bronze mais abundantes nos castros lusitanos.

As fíbulas de bronze, que eram um dos adereços do vestuário mais importantes, integram-se nas tipologias estabelecidas pelos arqueólogos para estes períodos da Idade do Bronze e do Ferro, sendo as mais antigas de duplo enrolamento ou de dupla mola.

As jóias em ouro e prata faziam também parte dos adornos masculinos e femininos dos lusitanos, tendo sido encontrados em diversos lugares da região de entre Tejo e Douro. Junto ao castro da Cárcoda foi encontrada uma viria em ouro que pesa cerca de 800 gramas. É lisa, ligeiramente convexa na parte externa e tem apenas um equino enquadrado por dois pequenos filetes.



Um outro tipo de jóia muito frequente, também encontrado entre os vestígios arqueológicos achados nos castros lusitanos é o torques, um tipo de colar em forma de ferradura que termina numa espécie de botões. Estes seriam usados pelos chefes de clã e também pelos chefes militares eleitos pelos lusitanos, entre as elites guerreiras, em tempo de crise. Um dos torques mais antigos, se não mesmo o mais antigo, foi encontrado em 1948 no castro da Senhora da Guia de Baiões.

Uma das principais vertentes da metalurgia lusitana era a produção de armas: punhais, lanças, pontas de lança e falcatas.


O punhal era curto, leve e facilmente manejável o que fazia dele uma arma defensiva e ofensiva letal. Um punhal era constituído pela lamina de bronze que podia ser lisa e tinha uma nervura central que o tornava mais espesso e mais resistente e tinha um cabo em madeira a que se fixava por rebites ou pregos e por isso, quando encontrado por completo, apresenta os orifícios onde esses rebites penetravam.

As pontas de lança que se conhecem têm um alvado perfurado lateralmente com dois orifícios colocados simetricamente para fixação ao cabo de madeira. Estas seriam transportadas pelos guerreiros até ao local de combate e aí fixas a um cabo. Os exemplares encontrados apresentam em geral uma lâmina triangular e secção mais ou menos losangonal.

A metalurgia deste longo período de um milénio que consideramos como o período de formação dos lusitanos passa depois, numa segunda fase, a utilizar o ferro. Alguns dos objectos de ferro apresentam datações dos séculos X-XI a.C. o que pressupõe que uma utilização de objectos de ferro, certamente usados apenas por uma elite, coexistiu com os objectos de bronze fabricados localmente.

A partir da entrada do ferro, a evolução vai ser rápida e a vida dos povos peninsulares altera-se. As formas metalúrgicas não se alteram radicalmente, pode-se mesmo dizer que elas se mantêm, embora o metal fosse agora outro. Os instrumentos utilitários, nomeadamente os agrícolas e as armas passam a ser de ferro, o que vai facilitar o amanho da terra e as restantes tarefas agrárias. 

Fonte: Lusitanos - No tempo de Viriato - João Luís Inês Vaz - Ésquilo