Estas estátuas encontram-se por todo o noroeste peninsular, e simbolizam um guerreiro. Alguns autores atribuem a sua construção ao séc. I d.c. No entanto, outros arqueólogos como Thomas Schattner, consideram tratar-se de esculturas bem mais antigas.
Um dos argumentos que apontam para a época pré-romana, é o facto de algumas estátuas aparecerem com uma perna ligeiramente flectida, que à boa maneira greco-romana, indicam movimento. Pode portanto pensar-se numa evolução da técnica, com a chegada dos romanos.
Outro aspecto pouco referido pela maioria dos autores, é a profusa decoração existente nalguns exemplares. Encontram-se motivos geométricos em forma de “tartan”, ondas, trísceles e outras decorações, que nos sugerem a utilização de cores no tecido. A análise feita a algumas peças de teares pré-romanos sugerem a possibilidade de um grafismo semelhante ao tartan, que de resto não é nada de extraordinário, tratando-se de um hábito indo-europeu.
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