Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O BAÚ



Seis instrumentistas e uma cantora (ISABEL MOREIRA – Voz, LUÍS MIGUEL AVEIRO – Cavaquinho e coros, GONÇALO ALMEIDA – Viola Braguesa, Guitarra Portuguesa e coros, PEDRO PINTO – Baixo elétrico, LUÍS LOURENÇO – Violino, Bandolim e Bandola, FRANCISCO PIMENTA – Gaitas de fole, flautas e búzio, PEDRO CALADO – Percussão e coros) são os sete músicos que integram e dão alma a O BAÚ, grupo de Lisboa/Setúbal formado em 2009. Com percursos no jazz, música erudita e música de transmissão oral, neste projecto reúnem-se com a proposta de uma nova leitura sobre a música de transmissão oral portuguesa. De base maioritariamente acústica, O BAÚ exprime-se numa linguagem que aponta novos rumos e sugere outros sentidos para formas musicais geralmente tidas como datadas, e com pouco lugar no presente. No repertório do grupo encontramos assim cantigas de trabalho que perderam a sua função original, canções de embalar que convidam a outros imaginários, cantigas alusivas à relação de Portugal com o mar, fados que nos trouxeram o Fado. Mas é ainda no repertório instrumental que o grupo revela a sua veia criativa: O BAÚ sobe ao palco com um conjunto de novas músicas que relembram que em Portugal, além do canto, também a dança e a folia sempre foram e serão condição indispensável de expressão de um viver e identidade. O BAÚ assume-se como Música Portuguesa em constante renovação, arriscando novas possibilidades e novos caminhos.


Fonte: http://www.myspace.com/obaumusicaportuguesa

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