Vivendo nas trevas por debaixo da terra, com pulmões de fogo, asas de pássaro e escamas de peixe, o dragão une os quatro elementos numa presença única que inspira a imaginação e assombra os nossos sonhos. Em si não é bom nem mau, simboliza a energia primordial da matéria, que pode transformar-se tanto em bem como em mal.
No Extremo Oriente, o dragão representa tradicionalmente os aspectos positivos desta energia. Unindo a terra (a serpente) ao ar (o pássaro, o sopro da vida), representa a união da matéria e do espírito. Esta força benéfica anima a terra através dos “caminhos do dragão” – artérias simbólicas através das quais a energia da terra flui.
O ocidente pagão também realçava os aspectos positivos da energia do dragão. Mas no cristianismo, a serpente e o dragão representam Satanás, o tentador, e o caos, o poder destrutivo brutal e o mal inerente ao mundo material. O dragão também acabou por simbolizar o mundo interior das emoções e do inconsciente. É a energia animal que se oculta em nós e que, quando descontrolada, pode reduzir-nos a bestas.
O Dragão que se Ergue dos Mares
No oriente estava relacionado com a erudição e a mente criativa. No ocidente, era um símbolo das profundezas do inconsciente das estranhas energias que aí residem.
Matador de Dragões
Esta imagem simboliza o triunfo do espírito sobre a matéria. A lança é o símbolo do poder masculino e dos raios de sol que se inclinam para o mundo. Na mitologia lusitana é Brigus o consorte de Trebaruna quem assume este papel. Ele é o deus protector e fomentador da civilização humana. O destruidor do caos e das trevas. O símbolo da vitória do homem racial sobre a natureza selvagem. Com a introdução do cristianismo na península é S. Miguel quem vence o dragão.
Dragão Chinês
As quatro garras de Mang, o dragão terrestre, representam os quatro elementos. Long, o dragão imperial (em cima) era provido de uma quinta garra, representando o poder espiritual que se manifestava totalmente na pessoa do imperador.
Serpente de Sete Cabeças
A um determinado nível, símbolo dos sete pecados mortais. É a combinação da serpente ou do dragão com o sete, o número místico do universo, e como tal representa a força criativa positiva.
Serpentes entrelaçadas
Símbolo da interdependência criativa do bem e do mal. Enroladas em redor de uma vara, as duas serpentes formam o cadeceu, o bastão de Hermes (Mercúrio), o deus da transição. Foi depois adoptado como símbolo da cura.
Encontrado tanto na Grécia antiga como no Egipto, a imagem de uma serpente que engole a própria cauda reúne o simbolismo do círculo e da serpente. Representa a totalidade, o renascimento, a imortalidade e a roda da existência.
Medusa
A Medusa fez amor num templo de Atena e a deusa ultrajada transformou-a numa megera com cobras na cabeça em vez de cabelo, cujo olhar transformava os homens em pedra. Simboliza o medo, nomeadamente o medo que os homens sentem aquando das súbitas mudanças de humor das mulheres.
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