Foram um povo celtibérico que viveu na parte ocidental da Península Ibérica. Primeiramente, uma única tribo que vivia entre os rios Douro e Tejo ou Tejo e Guadiana. Ao norte do Douro limitavam com os galaicos e astures - que constituem a maior parte dos habitantes do norte de Portugal - na província romana de Galécia, ao sul com os béticos e ao oeste com os celtiberos na área mais central da Hispânia Tarraconense.
A figura mais notável entre os lusitanos foi Viriato, um dos seus líderes no combate aos romanos. Apesar de as fronteiras da Lusitânia não coincidirem perfeitamente com as de Portugal de hoje, os povos que aqui habitaram são uma das bases etnológicas dos portugueses do centro e sul e também dos extremenhos (da Extremadura espanhola).
Numa primeira fase, os lusitanos, eram gentes nómadas que vagueavam sem rumo pelas fragas e montes. Subsistindo da pastorícia e de tudo aquilo que a natureza lhes proporcionava. De onde proveram ninguém sabe ao certo, no entanto há quem diga que faziam parte integrante da sua terra, tal como os rios e as serras que a cruzam, tendo-se congregado à posterior com gentes forasteiras oriundas do centro da Europa, as quais nutriam fortes ligações com a cultura celta de La Tène.
Eram excelentes cavaleiros, os seus passatempos preferidos eram a musica, a dança e, acima de tudo as provas de destreza física, as quais os preparavam para fazer a guerra com os povos vizinhos. Através da qual punham à prova a sua bravura. Possuíam uma cultura muito própria, a célebre cultura do javali, a qual distinguia a sua etnia das demais. Idolatravam Deuses poderosos e únicos.
Na montanha a liberdade era absoluta, e a companhia dos Deuses reconfortante. O seu modo de vida era muito austero, mas a pureza da serra e tudo o que a ela é inerente purificava-lhes a alma e enobrecia-lhes o coração, fazendo com que se desembaraçassem com facilidade da cupidez e das suas iniquidades, tornando-nos assim unos com os Deuses. Contudo, com a chegada dos Fenícios ao sul da península e com o estabelecimento de vários postos mercantis tudo mudou. Os forasteiros trouxeram o bronze, já mais tarde o ferro, e também os iniciaram no cultivo da terra, brindando-os assim com uma ténue brisa daquele que era o mundo civilizado da época.
Consequentemente, sob a regência dos clãs mais influentes e mais abastados surgiram por toda a parte dentro dos seus domínios vários povoados castrejos, nos quais se concentrou o seu parco poder, quer politico quer económico. Os desterrados e menos abastados, os quais permaneceram fiéis ao nomadismo, nos Invernos de maior escassez apenas com o intento de subsistir, tinham o mau hábito de se organizarem em numerosos bandos e de descer a montanha a fim de empreenderem bravas campanhas às povoações mais abastadas, situadas a sul. Tendo como principal objectivo a depredação, dividindo à posterior os despojos por todos.
O traje de um guerreiro lusitano era composto por um sago de lã (antigo saio militar) que os guerreiros usavam debaixo da couraça, geralmente de pele ou linho grosso. Como protecção serviam-se ainda de polainas, peça de vestuário em couro ou pele, para resguardar a parte inferior das pernas.Para protegerem os braços ao nivel dos bíceps usavam virias.
A principal arma de um guerreiro lusitano era a falcata. Como protecção usavam as caetras,um pequeno escudo redondo com o tamanho de dois pés, muito boas também para atacar. Estas eram presas ao braço do guerreiro através de correias de couro ou correntes de ferro.Para a luta corpo a corpo e também como arma para guerreiros montados, excelente para abrir armaduras, tinham ainda o Soliferrum (Uma lança toda em ferro, mais ou menos com o tamanho de um homem, tendo em conta que os lusitanos eram baixos e um pouco atarracados). Como arma de arremeço usavam a trágula, uma lança de madeira apenas com a ponta em ferro ou bronze. Quando iam para combate apanhavam os seus compridos cabelos na nuca, cobrindo a sua face com pez ou um outro pigmento. Os seus trajes eram tingidos de escarlate por uma pigmento importado da Fenícia, o qual apenas muito mais tarde foi adoptado pelo exercito romano que na altura da republica trajava em tons de cinzento.
No seio dos clãs lusitanos existiam excelentes ourives, assim como ferreiros. Os aristocratas e/ou chefes militares (eleitos em caso de guerra entre os melhores, pois na Lusitânia não se conheceram reis) usavam grossos torques que os distinguiam dos demais, assim como as já aqui referidas virias. Quantas mais virias usa-se um guerreiro maior era a sua bravura.
Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.
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Olá! Meu nome é Ádilon. Não sou português e sim brasileiro. Neste momento estou na faculdade de letras (português/literatura) e estava pesquisando os iberos, que depois com a invasão celta tornou-se celtiberos, encantei-me com a cultura deste povo antigo que viva na Península Ibérica antes da invasão romana. Obviamente, acabei pesquisando também a Lusitânia que compreendia o território oeste da península e me encantei com sua cultura, orgulhei-me de, apesar de estar além mar, ser descendente dos celtiberos ou lusitanos, pelo menos acho que sou.
ResponderEliminarAcho lindo vocês resgatarem a verdadeira essência de Portugal que foi roubada pela expansão do cristianismo, hoje, em meio a esta destruição incontrolável da natureza, nossa mantenedora, acho de extrema importância resgatarmos as religiões pagãs, nem que seja apenas filosoficamente, pois estas crenças procuram o equilíbrio entre o homem e a natureza. Havia entre os pagãos muito mais respeito à esta que entre as religiões de origem habraâmica. Torço para que vocês consigam visibilidade social em seu país, a boa e velha Lusitânia.
Um grande abraço deste admirador distante!
Adorei a página! Nasci no Brasil mas todos meus ancestrais paternos inclusive meu pai, são dos Açores, e maternos são da Espanha, mas minha ligação afetiva e espiritual é com Portugal, eu amo essa Terra Maravilhosa e sou profundo pesquisador, inclusive estou escrevendo um romance que envolve Dom Afonso Henriques... Abraços!
ResponderEliminarEstou presentemente a realizar um projecto de Turismo Militar na Universidade e este site ajudou-me imenso na recolha de informação para o tema que estou a explorar: "Viriato". Muito Obrigada, excelente trabalho!
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