Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A falcata

A falcata é uma espada usada na Hispânia pré-romana (a Península Ibérica),e é similar à espada grega kopis e à nepalesa kukri.


O termo falcata não é antigo. O nome aparenta ter sido usado pela primeira vez por Fernando Fulgosio em 1872, no modelo da expressão latina ensis falcatus (espada em forma de foice). Fulgosio usou o nome "falcata" ao contrário de falcatus devido ao facto de a palavra em espanhol para espada ser feminina. O nome se expandiu rapidamente, sendo hoje um termo comum na literatura escolar.


A falcata tem uma lâmina afiada que se curva para a frente em direção á ponta da própria arma. O gume é côncavo na parte mais baixa da espada, porém convexo no topo. Esta estrutura e consequente distribuição do peso mais para a ponta da lâmina permitem à falcata distribuir golpes com a energia de um machado, mantendo, no entanto, o gume cortante característico de uma espada. O cabo assume uma forma semelhante a um gancho, tendo no punho a forma de um cavalo ou de um pássaro. A falcata possui uma corrente fina que liga a ponta do cabo à seção superior. Apesar da maioria das falcatas serem de um gume, falcatas de dois gumes já foram encontradas.


As espadas no estilo da falcata foram derivadas de facas em forma de foice usadas na Idade do Ferro. Isto também explica os usos religiosos da arma. Acredita-se que a espada tenha sido introduzida na Península Ibérica pela primeira vez pelos celtas que espalharam a tecnologia do ferro pelo continente. Sua origem é apenas paralela à grega Kopis, e não um derivado desta arma.


Os exércitos romanos da Segunda Guerra Púnica e mais tarde, durante a conquista da Hispânia, ficaram surpresos ao ver a qualidade destas armas, usadas por mercenários e guerreiros ibéricos. A qualidade geral da falcata vinha não só do seu formato, mas também da qualidade do ferro. O aço era enterrado no chão durante dois a três anos, corroendo assim as partes enfraquecidas do metal. O resto, assim provado ser de boa qualidade, era usado para fazer a própria espada. A falcata era feita de três lâminas deste aço. Devido à força desta arma, as legiões romanas reforçaram as bordas dos seus escudos, e as suas armaduras e armas de mão foram redesenhadas. É provável que a falcata tenha influenciado a posterior estrutura e forma do gládio, a arma comum das legiões.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Falcata

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