Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Os clãs lusitanos


Araocelenses – O seu território situava-se  no actual concelho de Mangualde .

Brialeaici – Surgiram somente na Idade do Ferro e habitavam na Covilhã.

Caielobricoi - Habitavam na zona de Lamas de Moledo. Exploravam e trabalhavam o ferro.

Calontienses – Clã lusitano, cujo território que ocupava é a região onde actualmente se pode encontrar a cidade espanhola de Valência de Alcântara.

Caluri – Clã lusitano, cujo território que ocupava é a região onde actualmente se pode encontrar a cidade espanhola de Plasencia.

Coerenses – Clã lusitano, sito entre os territórios dos igaeditani e caluri.

Elbocori – Clã lusitano, cujo território que ocupava é a região onde actualmente se pode encontrar a cidade portuguesa de Abrantes. Dedicavam-se ao gado cavalar e veneravam Epona.

Igaeditani - Clã lusitano que ocupava a região entre os rios Ponsul e Elga. Os seus Deuses tutelares eram Erbina e Igaedo. Cultivam a terra e dedicavam-se a transacções comerciais. Na época romana sobre o seu território nasceu o povoado de Igaeditania (Idanha-à-Velha), o qual veio a ser um importante posto mercantil de todo o império, só não tinha aceso directo ao rio como também todas as estradas a cruzavam.

Lancienses – Um numeroso clã lusitano, que por sua vez se dividia em várias fracções, sendo que o território de três destas (lancienses transcudani, lancienses oppidani, ocelences lancienses) se estendia sobre os Herminius e arredores.

Magareaicoi - Habitavam na serra de S. Macário. O seu território ocupava parte dos concelhos de S. Pedro do Sul e Castro Daire.

Mustinaci – O seu território situava-se na região da Covilhã.

Nacosi – Onde se encontra hoje a capela da Senhora do Bom Sucesso, em Mangualde, seria o seu castro.

Oilienaici – Eram reconhecidos como bons criadores de ovelhas e habitavam em Esmolfe, num castro localizado na serra da Paramuna.

Paesuri – Clã lusitano, residente entre os rios portugueses Vouga e Douro.

Petranioi – Eram vizinhos dos Caielobricoi. Existem indícios de um antigo castro, proveniente da Idade do Bronze que seria o seu.

Sulenses – Habitavam o castro de Pinho, em S. Pedro do Sul.

Tapori -  Clã lusitano que habitava a região circundante à actual cidade portuguesa de Castelo Branco, tendo como vizinhos os elbocori a oeste e os igaeditani a este. Pensa-se que a sua capital seria Verurium. A sua Deusa tutelar era Oipaingia.

Tatibeaicui – O seu castro foi localizado em Queiriz, no concelho de Fornos de Algodres.

Veaminicori - Habitariam uma zona próxima aos Magareaicoi, supostamente no grande castro que se localiza no local onde hoje é a vila de Castro Daire.

Ireucoutiori, Seareasi e Arvoni – Habitavam todos na serra do Caramulo, chegando a ter uma divisão de águas entre si. Habitavam respectivamente os castros de Guardão, Outeiro e Alcofra.

Nilaicui e Vacoaici – Existem poucos dados sobre ambos os clãs, no entanto sabe-se que habitariam na região de Mangualde e Viseu, respectivamente.

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