Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Dazkarieh

Formados em Lisboa em 1999, os Dazkarieh são uma banda portuguesa que se propõe a tocar músicas tradicionais portuguesas.


Com uma grande formação entre os 7 e os 10 elementos trabalharam durante 5 anos, lançaram cd's no Convento do Carmo e Mosteiro dos Jerónimos. O primeiro álbum discográfico foi editado em 2002, "DAZKARIEH I".


A primeira transformação no grupo dá-se em 2003, com mudança de formação e subsequente mudança ao nível musical. Torna-se mais ambicioso, tocando mais estilos musicais, ampliando os instrumentos usados e gravando um segundo álbum discográfico em 2004, "DAZKARIEH II" que conheceu duas edições distintas. Uma primeira, que teve uma distribuição inicial com o Jornal Blitz de 5000 exemplares e uma segunda de luxo em caixa de madeira de 1000 exemplares, editada pelo grupo, e esgotada imediatamente.

Acrescente-se que neste segundo álbum, o grupo arrisca pela primeira vez as canções em português, convidando para isso o escritor Tiago Torres da Silva autor da maioria dos poemas em português.

O ano de 2004 marca também o fim da segunda formação dos Dazkarieh e do seu número alargado de músicos. No ano seguinte o grupo reduz-se a quatro elementos, mais uma vez a busca de outros sons leva a um realinhamento. Agora mais centrado na busca de um som de banda mais coeso e na exploração e transformação de temas tradicionais portugueses. Assiste-se, com esta formação, a uma experimentação sem limites que acabou por conduzir ao som inconfundível do grupo hoje em dia.

2005 é marcado pela edição de uma compilação inédita e exclusiva para a editora livreira Gailivro que teve uma tiragem de 33.000 exemplares, esgotados pouco tempo depois e que acompanhavam o livro Eldest de Christopher Paolini. Esta edição granjeou ao grupo o reconhecimento público que até então lhes tinha escapado e, sobretudo, a conquista de um público mais jovem. Registe-se que pela primeira vez, o grupo faz 50 concertos no mesmo ano.

O ano de 2006 marca o lançamento do terceiro álbum de originais, "Incógnita Alquimia", com letras tradicionais, de Joana Negrão, Baltazar Molina e Tiago T. Silva e o começo da internacionalização do grupo com concertos em Espanha e Canadá (no Festival de Verão do Québec, um dos maiores da América do Norte).


Esta internacionalização, tida agora como o grande objectivo do grupo, leva-os em 2007 a várias paragens do mundo. No mesmo ano os Dazkarieh viajam por festivais e salas do México, Cabo Verde, Espanha, Polónia, Alemanha, República Checa, Áustria e Estónia. Mais uma vez, o grupo regista mais de 50 concertos no mesmo ano, marca bastante assinalável no panorama da música world. O seu último trabalho discográfico (Incógnita Alquimia), consegue distribuição física no Reino Unido, Alemanha e Polónia e distribuição digital em todo o mundo, nas principais plataformas.

É de referir que os anos de 2006 e 2007 marcam a passagem do grupo pelos maiores festivais nacionais de músicas do mudo: Festival Músicas do Mundo de Sines, Festival Sons em Trânsito em Aveiro, Festival Med em Loulé, Festival InterCéltico de Sendim, Festival Raízes do Atlântico no Funchal e Festival Sons do Atlântico em Lagoa.

O ano de 2008 marca a consolidação dos Dazkarieh como banda eminentemente internacional, dando mais espectáculos no estrangeiro que em Portugal. É sem dúvida o ano Alemão, onde fizeram uma digressão de 15 datas. Actuaram também na Bélgica, Polónia e Suíça, sendo nomeados na Alemanha para um importante prémio de música Folk como a melhor banda do ano.

Em 2009 lançam o album "Hemisférios", um duplo em que o grupo demonstra definitivamente os seus dois lados: exploração de temas de tradição e os seus originais, mas dois lados que coexistem e se complementam.

A banda apresentou "Hemisférios" em Lisboa, esgotando o cinema S. Jorge, e realizou duas digressões por terras Alemãs assim como marcam presença pela primeira vez na Malásia como cabeças de cartaz do RainForest World Music Festival onde actuam para um público frenético de mais de 8000 pessoas.

2009 é também o ano em que os Dazkarieh comemoram 10 anos de carreira.

Em 2010 no Festival Bons Sons é registada a maior lotação de todas as edições deste festival no dia do concerto de Dazkarieh. Com este concerto não só os Dazkarieh continuam a mostrar a óptima música portuguesa ainda existente e que vai surgindo, como ainda a capacidade de evolução e inovação dentro da música portuguesa como da banda em si. Actuam também pela primeira vez no Palco 25 de Abril da Festa do Avante para 25 000 pessoas.

Entram em 2011 com o seu quinto album, Ruído do Silêncio mostrando que finalmente se sentem confortáveis e realizados com o som único que criaram. Com músicas de Vasco Ribeiro Casais e letras assinadas por Joana Negrão a par com mais alguns temas de tradição oral portuguesa. No espaço de dois meses fazem 23 concertos no estrangeiro e em Portugal para apresentar o novo disco, incluindo mais um grande lançamento para um cinema S. Jorge, em Lisboa, cheio para os receber.


Em Maio 2011 vêm o seu single do novo albúm, "Tempo Chão" integrar a novela da TVI "Remédio Santo.

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