Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Machadinha Votiva


Machado votivo (não é propriamente) um bipene por não ter os 2 gumes opostos.
Na folha cortante tem um ressalto e na parte inferior junto à boca do alvado, um pequenino anel saliente que apenas permite a passagem de um fio.
Rui Serpa Pinto afirma que este objecto era uma “bipene votiva de importação púnica ou etruscoromana”. Seria dos séc. IV e III a. C.
Mário Cardozo não concorda que fossem moedas de troca e defende que talvez fossem apenas instrumentos de trabalho usados, por exemplo, na joalharia. Não lhes atribui, portanto, nenhum carácter votivo e seriam usados provavelmente, no pescoço.
Recolhido nas escavações de 1878, a 13 de Julho. Foi encontrado por Martins
Sarmento, que se interroga: “Seria uma insígnia em miniatura?”

Proveniência: Castro de Sabroso, Guimarães
Comprimento:7,2 cm
Peso:11,5 g
Matéria: Bronze

Fonte: http://www.cm-boticas.pt/noticias/Catalogo71.pdf

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