Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Personalidades - Carlos Alberto Santos

De seu nome completo, Carlos Alberto Ferreira Santos, nasceu em Lisboa, onde reside, a 18 de Julho de 1933. 

Extraordinário ilustrador e pintor, criou também um bom lote de narrativas pela Banda Desenhada e elaborou ainda várias colecções de cromos ("História de Portugal", "Trajos Típicos de Todo o Mundo",etc).

Começou a trabalhar para a publicidade e depois, estreou-se na 9.ª Arte com "O Escudo Sarraceno" para a revista "Camarada", história que ficou incompleta dado a extinção da revista.


Depois, neste campo, a sua actividade registou-se em "Mundo de Aventuras", "Pisca-Pisca", "Jornal do Cuto", "Colecção Audácia", "Mini-Época", Diário do Sul", "Almada-BD Fanzine", "Cadernos SobredaBD" e "Alentejo Popular", tendo-se editado em Espanha pela Bruguera. 

Elaborou capas famosas para a revista "Zakarella" da Portugal Press, bem como a capa para o álbum colectivo "Salúquia: a Lenda de Moura em Banda Desenhada", editado pela Câmara Municipal de Moura.

Da sua Banda Desenhada, salientam-se "Camões" (editado a preto e branco pela Agência Portuguesa de Revistas e depois, a cores, pela Asa), "O Rei de Nápoles" (no álbum colectivo "Contos das Ilhas", pela Asa), "História Maravilhosa de João dos Mares", "Ousadia Triunfante", "Tarzan e a Escrava", "O Combate de Pembe", "A Espada Nazarena", "O Santo Condestável", "Capitão Bravo", "O Infante Santo", "O Almirante das Naus da Índia","Em Busca de Provas" e "Os Fidalgos da Casa Mourisca" (em oito fascículos, segundo a obra homónima de Júlio Diniz).

A sua Pintura está representada em diversos museus nacionais e estrangeiros. Foi premiado pela Academia de Marinha e homenageado nos Salões-BD de Sobreda, Moura, Lisboa, Viseu e Amadora. Devido a problemas sérios com a vista, teve de abandonar, com mágoa, a execução da Banda Desenhada, dedicando-se apenas à Pintura.


Pinturas e Ilustrações do Mestre Carlos Alberto Santos

Guerreiro Lusitano
Viriato
D.Afonso Henriques
Ergue a luz da tua espada
Estreito
A última nau do mar português
Bartolomeu Dias no Cabo
Duas caravelas ao luar
Batalha de Aljubarrota
Vitória em Aljubarrota
Infante D.Henrique
Passagem do Cabo da Boa Esperança
Mostrengo
Rainha Santa Isabel na batalha de Alvalade

Sem comentários:

Enviar um comentário