Os Cornalusa são um ensemble
musical, que desde 2006, tem vindo a participar na maioria dos eventos de
recriação histórica produzidos em Portugal.
Para nomear apenas alguns destes
eventos, os Cornalusa já actuaram em Óbidos, Silves e Castro Marim com algumas
excursões fora do país em Espanha, França, Itália e Alemanha.
O ensemble é composto por quatro
músicos desde 2010. Na sua formação mais usual dois músicos tocam a gaita
mirandesa, instrumento tradicional português, onde aliás o grupo foi buscar a
terminologia para o nome que escolheu adoptar.
Em português e em algumas outras
línguas europeias, cornamusa é um sinónimo para gaita-de-foles. Alterando então
a sílaba do meio, o grupo evoca a sua origem Lusitana.
Rítmica e harmonicamente, o grupo
completa-se com o bouzouki (instrumento de cordas que tem origem na Grécia) e o
Davul (instrumento de percussão em que se utilizam duas peles para conseguir timbres
diferentes).
Os Cornalusa combinam melodias
antigas com harmonias e ritmos “dos nossos tempos”. Portanto nesta perspectiva
o propósito da banda não é apresentar ao espectador a recriação histórica
absoluta mas antes proporcionar ao público uma interpretação exclusivamente
original daquilo que poderia ter sido, mantendo sempre um ouvido atento ao que
consideram ser o aspecto mais importante – a música!
Através das poderosas vozes de
autenticas gaitas-de-foles portuguesas combinadas com a energia de um bouzouki
e de um davul, os Cornalusa oferecem um singular espectáculo ao vivo
caracterizado por actuações que podem ser apresentadas virtualmente em qualquer
espaço.
Em Agosto de 2012 a banda apresentou o seu primeiro álbum de originais homónimo – Cornalusa!
Confesso que não os conhecia! Cruzei-me com eles por acaso no mercado medieval de Óbidos em 12/07/2013, quando mais uma vez me preparava para atestar a caneca com sangria. Actuavam entre "A Irmandade da Cerveja" e os "Alquimistas", estes últimos que com os seus segredos, químicas, pós e fumos, serviam umas beberagens deliciosas numas canecas bastante peculiares. Escutei, estranhei, entranhei, dancei, saltei, gostei. Aqueles, que para mim, até ontem não passavam de meros desconhecidos, hoje estão na linha da frente do Neo-Folk nacional. Força Cornalusa, com a alma toda!!!
Ricardo Alves
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