Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Gaita-de-foles, de Miranda do Douro, para o mundo


Miranda do douro A cultura mirandesa tem na gaita-de-foles, nos pauliteiros e na língua (o mirandês) os seus principais símbolos. Hoje com 73 anos, "tiu" Ângelo Arribas (na foto) cumpriu tarde o sonho de menino, mas em menos de duas décadas espalhou a gaita-de-foles por meio mundo e ganhou o estatuto de "mestre mirandês". Tocador, gaiteiro e construtor de gaitas ensinou dúzias de "gaiteiricos", mas anda preocupado com o esmorecer da "gaitomania" que nos últimos anos recuperou do esquecimento a tradicional gaita-de-foles mirandesa.

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