Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A VELHA RELIGIÃO PENINSULAR




 

Em cada região, uma Divindade; a cada espírito Criador o seu espaço! É o culto aos Deuses destas terras, tradição antiga mas renovada sem contudo fugir aos conceitos e preceitos do antigamente. Os nossos ancestrais adoravam os seus Deuses com cultos diferenciados entre tribos e regiões e amavam e respeitavam os lugares e espíritos da natureza, colhiam e caçavam com bravura e respeito.
No passado, a Península Ibérica foi palco de influências de vários povos entre eles os Celtas - daí o rótulo de Celtibero, mistura de povos Celtas e Ibéricos - , e os Fenícios e Cartagineses, depois Romanos e mais tardiamente entre outros, Suevos e Visigodos. As nossas Divindades nunca se mesclaram totalmente com as dos povos invasores.
Como Ibéricos temos uma tradição muito Ancestral na qual muitas das práticas exteriores, o culto dos adoradores vulgo povo, foram absorvidas pela religião católica surgindo mais tarde em épocas festivas tais como o Entrudo, Pascoela e Natal, nada mais que as datas aproximadas das festas que foram palco dos nossos Deuses. No entanto, os mistérios sempre permaneceram no segredo das Senhoras, dos Akerras, das Jãs e dos Naimen. A adoração e o Ritual dos Deuses Peninsulares têm a ver com a Arte Antiga, hoje chamada Tradicionalista.
O espírito religioso dos romanos baseava-se na importação dos Deuses das várias regiões conquistadas e, assim como quiseram absorver os poderes das tribos, assim pensavam os nomes dos Deuses locais e os aplicavam conforme as conveniências, sem contudo neles existir o verdadeiro sentido mágico-religioso. Assim aconteceu com a nossa Deusa Atégina que, após a romanização, virou Próserpina, nome deveras conhecido na mitologia romana, mas que muito antes de Roma se instalar já os povos locais conheciam a lenda da descida da Deusa aos mundos inferiores, só que de outra forma. Aliás, este mito é comum à alma grupo universal do Neolítico ao Calcolítico e decorrentes.
E, cinco séculos antes de Roma, haviam já chegado os Gregos e Fenícios e, posteriormente os Cartagineses que não nos forçaram a Religiões impostas, mas foram bastantes influentes na passagem de segredos e mistérios aos Sábios tribais dos Santuários primitivos, já existentes na Península. Não nos poderíamos alhear também da importância trazida pelas culturas Fenícia e Grega e cuja cultura resplandecente causou assombro e respeito aos povos nativos do litoral com os cultos de Baal Merkart e de Tanith de Cartago, outrora cultuados na Nazaré, entre outros...
A nossa Tradição tem uma ancestralidade reconhecida num vasto panteão autóctone, quase livre de influências exteriores, e nos variadíssimos vestígios históricos, que cada vez mais surgirão à luz dos homens.
O Panteão Ibérico é rico e tribal. As divindades que cultuamos, existem nas antigas regiões da Bética, da Lusitânia e da Calaecia.

1 comentário:

  1. O políteismo não é apenas uma crença de nossos antepassados, mas sim nossas crenças por direito, o caminho correto a qual todos nós devíamos seguir, um erro comum a ser cometido pelas pessoas, e vê o políteismo apenas como passado, mas logo isto se tornará nosso futuro

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