Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Colóquio: Endovélico – Mistérios de uma Divindade Lusitana


ENDOVÉLICO

- MISTÉRIOS DE UMA DIVINDADE LUSITANA 

19 Maio, 10h-18h (Sábado)
Inscrições Limitadas: casadofauno@gmail.com
Na região do Alto Alentejo, no Alandroal, há quase dois milénios atrás, existiu um importante santuário romano dedicado ao deus lusitano Endovélico.
Apesar das largas dezenas de achados votivos romanos, identificados e recolhidos por Leite de Vasconcelos em 1890, e das descobertas recentes, resultantes das escavações efectuadas pelo arqueólogo Amílcar Guerra em 2002, muitas questões sobre Endovélico continuam ainda hoje sem resposta.
Na década de 1990, Manuel Calado, ao elaborar a Carta Arqueológica do Alandroal, deu a conhecer o santuário lusitano da Rocha da Mina, situado a cerca de 3 km do templo romano, e lançou a hipótese deste ter sido o primitivo templo lusitano de Endovélico.
As inscrições romanas contam-nos que esta era uma divindade com poderes curativos e, por isso, comparável ao deus romano Esculápio, existindo no local a prática da incubatio pelos seus seguidores, na qual o devoto dormia na morada terrena do deus, solicitando a resposta aos seus problemas e maleitas através dos sonhos. Teria, inclusive, existido um corpo sacerdotal, que prestaria auxílio nestes processos oníricos e salutíferos.
Para além da abordagem arqueológica, este colóquio transdisciplinar privilegiará igualmente uma interpretação simbólica das antigas divindades galaico-lusitanas pré-romanas pelo investigador Manuel J. Gandra, assim como uma visão iniciática sobre o culto de Endovélico, pelo investigador Gilberto de Lascariz, que na sua obra Deuses e Rituais Iniciáticos da Antiga Lusitânia dedicou um capítulo a um estudo esotérico sobre esta divindade.
Através das diferentes abordagens, este Colóquio procurará contribuir para novas visões e entendimentos sobre Endovélico, deus dos lusitanos.

PROGRAMA
  • 10h – S. MIGUEL DA MOTA: OS DADOS ARQUEOLÓGICOS A RESPEITO DO SANTUÁRIO DE ENDOVÉLICO

  • Amílcar Guerra | Arqueólogo – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
  • 11h – ROCHA DA MINA: AS PAISAGENS SINUOSAS

 
  
Organização: Casa do Fauno / Zéfiro
  • Manuel Calado | Arqueólogo – Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa
  • 12h – Debate
  • 13h – Intervalo para Almoço
  • 15h – DIVINDADES GALAICO-LUSITANAS PRÉ-ROMANAS

  • Manuel J. Gandra | Escritor e Investigador, IADE 
  • 16h – UMA VISÃO PATAFÍSICA DA RESSURREIÇÃO PAGÃ DE ENDOVÉLICO NO ALANDROAL

  • Gilberto de Lascariz | Escritor e Investigador
  • 17h – Debate
  • 18h – Encerramento
 
Pré-Ingresso: 20 € (até 15 Maio, Terça-feira)
Ingresso: 30 €
Grupos de 2 ou mais pessoas: 20 € / pessoa
Inscrições: casadofauno@gmail.com

Com o apoio de: Jornal de Sintra, Alagamares, Portugal Romano, MIL – Movimento Internacional Lusófono, Nova Águia, IHSHI – In Hoc Signo – Hermetic Institute e CEThomar

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