Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

sábado, 2 de maio de 2015

Viriathus - The Lusitanian Warrior


sexta-feira, 1 de maio de 2015

Festa das Maias

Maio numa casa em Braga
A Festa das Maias celebra-se em algumas regiões de Portugal no dia 1 de Maio, feriado nacional. As portas e janelas das casas ou as grelhas dos automóveis são enfeitadas com ramos de giesta amarela ou com coroas de flores chamadas maia ou maio. É um vestígio do Beltane, uma antiga festividade celta, que celebrava o início do Verão.

Maio
Era costume as crianças irem de casa em casa a cantar e a pedir. Em alguns lugares elas vestiam-se de maias floridas, isto é, enfeitavam-se com giestas.

Maios na Madeira
Já no Algarve fazia-se uma boneca de centeio ou trapos que vestia-se de branco e rodeava-se de flores. Outro costume era vestir uma criança de maia. Toda de branco e coberta de flores, a criança ficava num tapete enquanto várias crianças cantavam e dançavam à volta dela. Na festa do Maio fazem-se bonecos no tamanho normal de pessoas que se vestem e calçam com a roupa de adultos ou crianças.

Em Óbidos na noite de 30 para 1 de Maio fazia-se uma pequena festa. Pedia-se um donativo às casas comerciais para comprar o bacalhau e azeite, que os rapazes e os homens da vila comiam pelas três ou quatro horas da madrugada, na longa noite dos Maios. Os rapazes, tinham que ir aos campos acompanhados pelo som de instrumentos musicais, apanhar maios ou outras flores como madresilvas, giestas floridas, folhados, rosas silvestres, etc., para espalharem durante a madrugada por toda a vila. A população para evitar que o “maio os encontrasse na cama” e “ficassem amarelos o resto do ano”, levantava-se cedo para ver a vila 'maiada' com as aldrabas das portas e as janelas das habitações enfeitadas com flores e o adro da igreja também coberto de flores. Iam depois ouvir a música e ver os foguetes. Os Maios também são celebrados no Algarve, na região entre Loulé e Tavira, incluindo Faro (Estói) e de Olhão, (Olhão, Moncarapacho, Quelfes), nos Açores (ilhas Terceira, Graciosa, …) e em Espanha.

Maio Moço

O maio-moço era um rapaz que vestia-se de maio. Ele andava com a roupa enfeitada de giestas, e trazia na cabeça giestas que formavam uma pirâmide. O maio-moço saía pelas ruas com crianças a cantarem e a dançarem à volta dele. Andava também pelos campos a esconjurar os maus espíritos para proteger as famílias e as colheitas.

Designadas como "Cantigas das Maias", "Cantigas do Maio-moço", ou "cantar as Maias" consiste no cantar de músicas pelas ruas por grupos de pessoas no primeiro dia de Maio. O documento referido como a postura da Câmara de Lisboa de 1386 proibia que se cantassem as Maias ou que se cantasse a qualquer outro mês:

"Outrosim estabelecem que daqui em diante nesta cidade e em seu termo não se cantem janeiras nem maias, nem a nenhum outro mês do ano,[…]"