Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Raíz Ibérica



terça-feira, 21 de maio de 2013

Bênção Celta


Que a Luz da tua alma cuide de ti.
Que todas as tuas preocupações e ansiedades por envelhecer, sejam transfiguradas.
Que te seja concedida uma sabedoria com o olho da tua alma, para vislumbrares esse belo tempo de colheita.
Que tenhas o compromisso de colher a tua vida, cicatrizar o que te feriu, permitir-lhe chegar mais perto de ti e fundir-se contigo.
Que tenhas grande dignidade e consciência do quanto és livre e, acima de tudo, que te seja concedida a maravilhosa dádiva de encontrar a luz eterna e a beleza que está no teu íntimo.
Que sejas abençoado e que descubras um amor maravilhoso em ti, por ti mesmo

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Tardo


O TARDO ou TREVOR é uma espécie de duende, um ser mítico do folclore popular português. O tardo também se chama de pesadelo ou tardo moleiro. O tardo importuna as pessoas que estão a dormir e que depois acordam com um grande pesadelo. Ele pode aparecer na figura de um animal e frequentemente aparece na figura de um cão, gato ou cabra. O tardo quando aparece nos caminhos, nos regatos e nas encruzilhadas e tenta deixar as pessoas desorientadas, sem saber qual caminho seguir, e sai mijando nas pernas das pessoas.


Uma criança pode se transformar num tardo, se o padrinho durante o baptizado não disser as palavras certas. A transformação ocorrerá aos sete anos. A criança antes de se transformar pendura a roupa na árvore mais alta de uma encruzilhada e transforma-se num animal. Se durante sete anos não lhe quebrarem a maldição, transforma-se em lobisomem.

José Leite
de Vasconcelos. Tradições populares de Portugal. Biblioteca Ethnografica portuguesa.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Albaluna




Com a necessidade de dar um novo passo os Albaluna são a concretização de um sonho transportado pela magia da música folk/tradicional. Este projecto integra músicos de várias áreas do universo musical e tem como máxima a "fusão" de ambientes e paisagens musicais, tendo como base a música folk. Partindo de instrumentos tradicionais de diversas partes do mundo e conjugando-os com a evolução dos instrumentos mais recentes surgem novas interpretações de repertório nacional e internacional.




sexta-feira, 3 de maio de 2013

Trisquel



Também conhecido por triskel, triskelion e tryfot, o trisquel é um símbolo ancestral indo-europeu com origens que remetem para uma idade superior a cinco mil anos. Tem como objectivo conferir protecção, tendo no entanto como energia base o movimento. Para os povos celtas que o difundiram por toda a Europa é também um símbolo ligado ao progresso do Homem e á competição.

A sua componente simbólica divide-se em duas partes:

O MOVIMENTO

Acção;
Ciclo;
Progresso;
Revolução;
Competição;
Seguir em frente.

O NÚMERO 3 (representado pelas três espirais, ramos ou pernas)

Espirito, mente e corpo;
Mãe, pai e filho;
Passado, presente e futuro;
Poder, intelecto e amor;
Criação, preservação e destruição;
A vida, a morte e o renascimento;
A virgem, a mãe e a anciã.



Todas estas ligações, alteram conforme a cultura e crença do observador. É um símbolo de movimento e por isso, nada nele é estático. Também representa, num modo mais avançado, os três mundos celtas:

O Outro Mundo – Onde os espíritos e os deuses habitam;

O Mundo dos Mortais – Onde o Homem habita com as plantas e os animais;

O Mundo Celestial – Onde as energias invisíveis habitam e se movem, tal como as forças dos quatro elementos.



Na consciência e alma humana, representa:

O crescimento pessoal;
O desenvolvimento humano;
A expansão espiritual.


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Martins Sarmento



Natural de Guimarães, Francisco Martins de Gouveia Morais Sarmento (1833-1899) foi um notável arqueólogo e escritor português.
Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, dedicou-se com grande paixão ao estudo da arqueologia. Fez a exploração intensa e metódica da Citânia de Briteiros e do Castro de Sabroso, perto de Guimarães (1874-1879), junto à Casa da Ponte, onde morou.
Cultivou também a poesia e colaborou em revistas e jornais científicos.
Entre as suas obras contam-se: Os Argonautas; Ora Marítima; Lusitanos, Lígures e Celtas.
No museu da Sociedade Martins Sarmento em Guimarães conserva-se uma grande parte dos objectos arqueológicos por si encontrados.


A Sociedade Martins Sarmento GOSE • MHIH, fundada em 1881 em homenagem a Francisco Martins Sarmento, é uma instituição cultural da cidade de Guimarães. Dedica-se ao estudo, conservação e supervisão técnica e científica das estações arqueológicas da Citânia de Briteiros e do Castro de Sabroso e de outros monumentos arqueológicos. Tem sobre sua alçada dois museus, uma biblioteca e uma hemeroteca. Publica, desde 1884, a Revista de Guimarães, uma publicação periódica de cariz científico.
A Sociedade Martins Sarmento foi criada no dia 20 de Novembro de 1881. Em Fevereiro de 2007 foi criada a Fundação Martins Sarmento, num protocolo entre o Ministério da Cultura, a Câmara Municipal de Guimarães, a Universidade do Minho e a Sociedade Martins Sarmento.
A 4 de Junho de 1931 foi feita Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de Junho de 2005 foi feita Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.