Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

Madeira sagrada


Há muito, muito tempo, lá no tempo dos pagãos acreditava-se que a madeira era sagrada e que encerrava sabedoria. Leituras, poemas e contos.


Viriato: um verdadeiro político, o indiscutível chefe militar dos lusitanos e defensor da sua liberdade, e não um rude pastor das montanhas.
“Actualmente, quase todos os historiadores rejeitam a tese de um Viriato nascido e criado nas montanhas. Os traços da sua personalidade, recolhidos a partir das obras dos autores antigos, apresentam-no como um homem sóbrio, enérgico, justo e fiel à palavra dada, desprezando em absoluto o luxo e o conforto e, sobretudo, como um excelente estratega militar, levam-nos a concluir que se tratava de um verdadeiro político, o indiscutível chefe militar dos lusitanos e defensor da sua liberdade, e não de um rude pastor das montanhas. Apresentar Viriato como o defensor de uma certa unificação militar e política contra o poder de Roma e como possível criador de uma monarquia na Lusitânia – cujo território não formava uma unidade social ou política – é talvez exagerado. Mas, a verdade é que a acção de Viriato, tanto militar como diplomática, fez com que todos os povos vizinhos se mobilizassem contra Roma sob o seu comando e direcção. Viriato foi o primeiro lusitano no comando de um corpo de guerreiros composto por pessoas de diversas tribos e durante os oito anos que duraram as suas campanhas não houve nenhum caso de indisciplina entre as tropas. Facto surpreendente por se tratar de um «exército bárbaro», como diriam os romanos.”
Mauricio Pastor Muñoz, In Introdução



Em 147 a.C., alguns milhares de guerrilheiros lusitanos encontram-se cercados pelas tropas do pretor Caio Vetílio. Em princípio, trata-se apenas de mais um episódio da guerra que a República Romana trava há longos anos para se apoderar da Península Ibérica. Mas os Lusitanos, acossados pelo inimigo, elegem um dos seus e entregam-lhe o comando supremo. Esse homem, que durante sete anos vai ser o pesadelo de Roma, chama-se Viriato.
Entre 147 e 139, ano em que foi assassinado, Viriato derrotou sucessivos exércitos romanos, levou à revolta grande parte dos povos ibéricos e foi o responsável pelo início da célebre Guerra de Numância.
Viriato foi um verdadeiro génio militar, político e diplomático. Mas, sobretudo, Viriato foi o defensor de um mundo que morria asfixiado pelo poderio romano: o mundo em que mergulham as raízes mais profundas de Portugal e de Espanha. É esse mundo, já então em declínio, que este livro tenta evocar.
Aquando do seu aparecimento, em 1984, Fernando Assis Pacheco escreveu serem raras as estreias com tanta qualidade. Depois disso, A Voz dos Deuses, ao longo de sucessivas edições, tornou-se um "clássico" do romance histórico português contemporâneo.



De 80 a 72 a.C., à frente de uma confederação de povos ibéricos, Quinto Sertório enfrentou com êxito os numerosos exércitos que a "sua" Roma enviara para submeter as províncias hispanas.
A guerra de Sertório foi um episódio da longa e sangrenta agonia da República Romana, que, esgotada na sua força interior, sacrificou sistematicamente os homens que a poderiam salvar; Sertório foi provavelmente a mais ilustre das vítimas.
É essa época de crise — política, económica, mas, sobretudo, de valores — que este livro evoca, através das narrações de um filósofo grego, de um general romano e de um jovem lusitano, Medamo de seu nome.



Em meados do século II a.C., as gentes de Entre-Douro-e-Minho viviam, com razoável inconsciência, os derradeiros anos da sua civilização.
No Leste e no Sul da Península Ibérica, a República Romana já se implantara e as suas legiões procuravam alargar esse domínio, mas no Noroeste a ameaça parecia longínqua, tanto mais que os Numantinos e os Lusitanos mostravam ser um formidável obstáculo ao avanço romano, sobretudo a partir do momento em que um certo guerreiro, chamado Viriato, assumira a chefia da resistência lusitana. Mas, de súbito, estes obstáculos caem: Numância submete-se, ainda que temporariamente, e Viriato é morto à traição. E o procônsul Décimo Júnio Bruto marcha para Norte, passa o Tejo, entra na Lusitânia e aproxima-se das margens do Douro...
É este o cenário histórico de Uma Deusa na Bruma, cuja acção é contemporânea da de um outro romance do autor, A Voz dos Deuses, mas centrada, agora, na Cividade de Terroso (Póvoa de Varzim), procurando evocar o que seria a civilização castreja na fase imediatamente anterior à romanização.



"Num texto escorreito, o autor Pedro Silva, dá a conhecer a origem, história e dissolução deste bravo conjunto de homens que ficaram conhecidos como Lusitanos.
Localizados no espaço geográfico que se denomina por Beira Interior, estes antepassados dos portugueses souberam construir, à custa de um feitio indomável e lutador, uma aura de guerreiros de grande valor e símbolos verdadeiros da crença inabalável do espírito de independência.
Longe da ideia de bárbaros, que os romanos pretenderam passar à posteridade, este homens criados no seio de condições climáticas adversas e em locais desprovidos de condições perfeitas de sobrevivência, conseguiram dedicar-se às artes (principalmente à música) e cultuar de uma forma bastante evoluída para época, demonstrando desenvolvimento intelectual significativo.
Vivendo em comunidade, não descuraram a família e estimavam os anciãos, dando provas de um maior respeito para com os maiores do que frequentemente acontece na actualidade.
Assim sendo, podemos afirmar de forma concludente que os Lusitanos eram bem mais do que homens rudes de arma em riste, como o leitor poderá comprovar através da leitura da presente obra. Acima de tudo, os Lusitanos representaram a Alma do que fomos num passado distante e aquilo que gostaríamos de ser no futuro."



A obra que faltava para conhecermos as nossas raízes.
Um trabalho inovador que nos dá a conhecer o mundo fascinante dos
antigos Lusitanos.
"(…) a obra do Doutor João Inês Vaz é extremamente útil e interessante, uma vez que propõe uma peregrinação no tempo, que nos leva às nossas raízes como povo anteriores ao Império Romano. E o leitor terá uma agradável surpresa ao encontrar uma análise informada, competente e acessível, sem tentação simplificadora, que responde a muitos dos enigmas que se nos põem quando falamos dos ‘nossos antepassados’ lusitanos."
Guilherme d’Oliveira Martins, in "Prefácio"
 "Temos (…) todos nós a cabeça pejada de ideias feitas sobre este povo tão misterioso, quanto falado, tão mitológico quanto desconhecido.(…)
Como era a língua lusitana? Como se escrevia? Existia uma escrita para a língua lusitana ou era apenas falada, como se pensa? Porque praticaram os Lusitanos uma guerra tão feroz contra os Romanos? São apenas algumas questões que nos colocamos, às quais procuramos dar uma resposta (…) .(…)
Os Lusitanos e o Viriato que colocamos nas mãos do leitor são os que a Arqueologia, as inscrições sobre pedra e as fontes escritas romanas nos deixaram e não aqueles que a historiografia e a arte fantasiosa nos transmitiram."
João Luís Inês Vaz, in "Introdução"





ESTA OBRA REVELA-NOS AS PRÁTICAS MÁGICAS E SECRETAS SEGUIDAS PELOS NOSSOS ANTEPASSADOS LUSITANOS
À luz de rigorosos postulados iniciáticos, o autor traz-nos os frutos filosóficos de longos retiros nos lugares sagrados da Antiga Lusitânia.
Desde os sepultamentos místicos em tumbas de pedra, cultuando Arvs e Serápis, até ao recolhimento transfiguratório no cume de fragas em devoção a Endovélico, desde os ritos mistéricos das colheitas, sob a tutela de Ataecina, ao culto à Serpente de raízes neolíticas, o leitor encontrará neste livro algo que lhe dará motivos para se sentir orgulhoso de, como português, ser herdeiro de uma Antiga Memória cujas raízes se estendem no fundo remoto da nossa Lusitanidade e da nossa Tradição.



O caminho espiritual dos Druidas conduz-nos, através da beleza e da riqueza do Mundo Natural, a uma comunhão com as árvores, os animais e a própria vida
Os antigos ensinamentos dos Druidas constituem uma das fontes de inspiração da tradição espiritual do Ocidente. No passado, os Druidas e Druidesas foram mágicos e poetas, conselheiros e curandeiros, xamãs e filósofos. Viviam em harmonia com a Terra e as suas estações do ano, e os seus mistérios eram inspirados pelas energias mágicas do mundo natural. Nos nossos dias, e por todo o Mundo, a sabedoria e os ensinamentos dos Druidas continuam a inspirar-nos, qualquer que seja a nossa origem.
Nesta obra inspiradora, Philip Carr-Gomm leva-nos ao bosque sagrado dos mistérios dos Druidas, mostrando-nos de que forma podemos transformar as nossas vidas e aprofundar a nossa ligação com o mundo da Natureza e do Espírito.
Os Mistérios dos Druidas aborda:
• A história antiga dos Druidas e a sua importância para a nossa vida actual.
• As classes distintas de Bardos, Ovates e Druidas e suas respectivas funções.
• As cerimónias sazonais e os conceitos druídicos de tempo e espaço.
• Os círculos, pedras, estrelas e caminhos druídicos.
• Os segredos das árvores e dos animais no Druidismo.
• A relação entre o Druidismo e o Wicca.



O grande conflito interior do romano Lúcio Numa, narrador, que se apaixona pelos costumes e sabedoria dos "bárbaros" lusitanos.
Viriato – O Colar dos Deuses é um romance histórico onde as guerras lusitanas e o assédio e destruição da cidade celtibera Numância constituem o pano de fundo da viagem que Marco Lúcio Numa, historiador romano, empreende, a mando de Cipião, o Africano, pela antiga Ibéria até às terras da Lusitânia com o objectivo de recolher informação sobre um personagem admirado, inclusive pelos seus inimigos: Viriato.
O autor baseia-se nos testemunhos dos historiadores clássicos, tais como Políbio, Estrabão e Diodoro, para divulgar com rigor e verosimilhança uma série de acontecimentos históricos da época, nomeadamente os relacionados com a liderança extraordinária de Viriato na resistência à invasão romana. Por outro lado, Fernando Barrejón, romancista e poeta espanhol, impregna o romance com uma grande profundidade psicológica e beleza literária ao fazer ressaltar o grande conflito interior do romano Lúcio Numa, narrador, que se apaixona pelos costumes e sabedoria dos «bárbaros» lusitanos.
"A sabedoria dos povos célticos representou uma grande descoberta para mim, porque, embora não esgrimam a lógica nem cultivem a retórica, experimentam, isso sim, as ideias puras que transcendem a linguagem. Com Icorbeles aprendi que existe uma vida inexprimível no outro lado dos conceitos."



Protegidos pela magia da Floresta dos Carvalhos e pelo Deus Endovélico, os guerreiros de Antor sempre conseguiram proteger toda a Terra de Endovélico. Até que, depois de uma batalha, um Chefe Guerreiro inimigo se sacrifica no Templo da Rocha...
Durante muito tempo estiveram invisíveis até que os Druidas voltaram a surgir da floresta e com a sua ajuda Cyrus e Anaya suportarão a morte e a dor com a alegria da vida e do amor...
Nesta terra o Deus Endovélico despertará em todos aqueles que o escutam uma presença interior muito forte, a unidade perfeita entre o homem e o divino. Será para sempre o Deus dos Lusitanos!


Numa luta entre deuses e homens, só os verdadeiros heróis poderão fazer a diferença. Chegou o tempo há muito anunciado em que os deuses deverão partir e deixar o destino da Terra entregue aos homens. Mas nem todos os deuses aceitam fazê-lo, e um terrível conf lito entre homens e divindades é inevitável. É neste cenário que dois jovens guerreiros, Anio e Camal, percorrem a Lusitânia em busca do guardião da joia da Deusa-mãe - uma pedra capaz de aniquilar as próprias divindades. Inspirado nos povos pré-romanos da Península Ibérica, "O Veneno de Ofiúsa" é uma viagem para um tempo mágico há muito esquecido. Estás preparado para a guerra com os deuses?