Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A missão de Portugal

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Turiacus

O Deus Nobre


A lápide que contém a inscrição dedicada a Turiacus encontra-se numa das paredes do claustro do Mosteiro de Santo Tirso. Segundo Leite de Vasconcelos, o nome da divindade teria a raiz tor, que em irlandês significa "senhor", "rei" e "nobre".

Existirá, provavelmente, uma ligação entre as divindades lusitanas Banda Velugus Toiraecus e Tueraeus.

Poderá também, hipoteticamente, existir uma ligação entre o nome da divindade e "Tirso". Sendo que a ara se encontra numa das paredes do Mosteiro, cuja formação remonta ao séc. X, o seu lugar de origem não deveria ser muito longe do mesmo. O próprio Mosteiro ou a localidade poderão bem encontrar a raiz do seu nome no desta divindade, que persistiria teimosamente nos séculos vindouros sob o nome de um santo cristão - processo que aconteceu, aliás, com várias divindades pré-cristãs.

O Deus Javali/Guerreiro


Para além da leitura atrás referida (que nada de concreto nos diz), muito pouco se sabe sobre o significado desta divindade. Lancemos, assim, uma hipótese: torc significa, tanto em irlandês como em gaélico escocês, "javali". Pelo seu carácter selvagem e destemido, eram reconhecidas qualidades guerreiras neste animal pelos povos antigos. Não será, então, de estranhar, que o dedicante, Lúcio Valério Silvano, fosse um soldado que, para além disso, fez parte da VI Legião, que esteve na Hispânia Terraconense e recebeu o epíteto de Victrix ("Vencedora") após ter vencido os Cantabros! Turiacus poderia assim significar "o deus javali" ou "o deus forte como um javali", que teria escutado o pedido do dedicante para ter coragem, ser vitorioso ou, simplesmente, sobreviver em batalha. Este terá cumprido "de boa mente" o seu voto, consagrando-lhe uma ara.

É igualmente interessante reparar na semelhança fonética do termo torque, que se refere a uma espécie de colar empregue pelos guerreiros lusitanos, como é visível em vários monólitos esculpidos encontrados em territórios português. A natureza guerreira desta palavra é, assim, uma vez mais atestada.

Alexandre Gabriel
Mandrágora - O Almanaque Pagão 2009 - Usos e Costumes Mágicos da Lusitânia

A simbologia dos Elementos

Os Elementos


A importância central dos elementos como princípios organizadores no universo é uma constante na simbologia de todas as culturas.
Os povos antigos acreditavam que os elementos eram forças de energia que sustentavam o mundo. No Ocidente havia quatro: fogo, água, ar e terra. No oriente um quinto ( metal na china; "eter", um elemento espiritual, na Índia e no Tibete).  Os alquimista representavam cada elemento por um triângulo, os elementos engendravam todas as coisas, incluindo o corpo humano - carne (terra), respiração (ar), calor (fogo) e sangue (água) - e o bem-estar físico e psicológico de cada pessoa era uma questão de os manter em equilíbrio, do mesmo modo que era necessário equilíbrio no mundo exterior.

Composto pelos quatro elementos,além da dimensão espiritual invisível, o corpo (masculino) era o símbolo universal da vidaem todas as suas formas, a ligação entre o céu e a terra e personificação da energia dos deuses.

Eelementais



Espíritos não humanos da natureza, de que há quatro grupos princípais, associados a cada elemento: anões e gnomos (terra); salamandras e dragões (fogo); silfos, faunos e dríades (ar e florestas); ondinas (água e rios).
Os gnomos são os espíritos da terra. Maliciosos por natureza, no entanto se lhes ofertarmos algo estes podem nos recompensar com inemagináveis e maravilhosos tesouros.


Nas tradições ocidentais, as salamandras são os espíritos guardiães do fogo, os quais habitavam em vulcões.


Os espíritos do ar em comunhão com o divino.


Ondinas, os espíritos femininos das águas, tão cativantes quanto traiçoeiras.



Fonte: A linguagem dos símbolos - David Fontana - Editorial Estampa





terça-feira, 13 de novembro de 2012

Gwydion

Gwydion é uma banda portuguesa de metal.
Iniciou em 1995, um projecto fundado por um grupo de amigos que partilhavam a mesma paixão pelo metal e interesse nas culturas celtica e nórdica. Durante essas primeiras fases da banda, três demos foram apresentados ao cenário do metal Português e dezenas de shows foram realizados em Portugal.


Em 2007, Gwydion gravou seu primeiro álbum Ynys Môn., lançado pelo selo alemão Trollzorn.


 Com Ynys Mon, Gwydion, recebeu um convite para fazer uma turné europeia em Outubro de 2008, com bandas de topo TYR, Hollenthon, Alestorm e Svartsot a Tournée RAGNAROK AASKEREIA'S.


 Durante 2009, Gwydion toucou em diversos festivais de metal do metal português. No final do ano, Gwydion terminou as gravações e produção de seu segundo álbum, Horn Triskelion, foi gravado e produzido no Pentágon Studios por Fernando Matias dos F.e.v.e.r. , e mixado e masterizado em Oslo, Noruega no TopRoomStudio por Børge Finstad. Alguns convidados especiais do estúdio também fez contribuições originais com sonoridades e melodias.

3000 Visitas

O Lusitaniae Castrum atingiu as 3000 visitas, por tal está de parabéns!
The Lusitaniae Castrum reached the 3,000 hits, for such is to be congratulated!


3000 é um numero bem redondo!
3000 is a very round number!
Conto com vocês para fazer dele o número de visitas diárias!
I count on you to make him the number of daily visits!
Obrigado a todos!
Thank you all!


sábado, 3 de novembro de 2012

O DESTINO DO GÉNIO


Quanto mais nobre o génio, menos nobre o destino.
Um pequeno génio ganha a fama,
um grande génio ganha o descrédito,
um génio ainda maior ganha o desprezo;
um deus ganha a crucificação.
FERNANDO PESSOA

A pré-História na Península Ibérica


A pré-História da Península Ibérica iniciou-se com a chegada dos primeiros hominídeos à península Ibérica há cerca de 1,2 milhões de anos e durou até o início das guerras Púnicas, quando o território entrou no domínio da história escrita. Neste período alguns dos marcos notáveis são:
Ter sido o último reduto do homem neandertal antes da sua extinção; Registar alguns dos mais impressionantes exemplos de arte paleolítica à par da França; Acolher as mais antigas civilizações da Europa ocidental, sendo um apetecível território a que afluiram vários povos, pela posição estratégica e as muitas riquezas minerais.
No estudo da pré-história existe o problema fundamental que dificulta sua investigação: estabelecer a cronologia exata, principalmente das datas referentes aos primeiros habitantes, sua procedência, relacão étnica com os diferentes tipos pré-históricos e sua localização.

O carácter penínsular, limitado pelo Atlântico a oeste e pela barreira natural dos Pirinéus criou um isolamento em relação à restante Europa Continental, que em algumas ocasiões contribuiu para originar uma relativa separação entre a evolução da Península Ibérica e da restante Europa. A localização geográfica constituiu porém a ponte que une a Europa ao norte da África, formando uma conexão entre os continentes africano e europeu. Outro condicionador foi a influência dupla do mar, com a ligação tanto ao oceano Atlântico como ao mar Mediterrâneo.
No interior a acção dos rios, mais caudalosos que actualmente, produziu planícies fluviais que propiciaram um ambiente favorável para o homem. Também está provado que existiu uma actividade vulcânica, sobretudo nas zonas da atual província de Ciudad Real e de Gerunda.
O clima deixou de mudar à medida que se desenrolaram alternadamente as quatro eras glaciais e as eras interglaciais. Apesar das glaciações terem sido diferentes entre si, em geral pode dizer-se que na Meseta havia um clima mais extremo e chuvoso que agora, comparável ao existente na Polônia ou Rússia atuais. A costa cantábrica era muito mais fria e húmida, similar ao atual norte da Escócia, e a população da Andaluzia gozaria de um clima mais frio que o do sul da França. Durante os períodos interglaciais, este último seria o clima da costa cantábrica, enquanto Andaluzia seria muito ensolarada e a região levantina teria um clima semi-árido.


Levando em conta que a maior atividade dos habitantes da Ibéria consistia em caça, cabe mencionar as mudanças que a fauna ibérica teve com as mudanças climáticas. Nos períodos glaciais os animais característicos foram o mamute, o rinoceronte peludo e a Rena, espécies vindas do centro e norte da Europa que buscavam o clima relativamente ameno da península. Durante os períodos interglaciais, o elefante meridional, o elefante antigo e o rinoceronte de Merk foram os animais mais comuns. Indiferentes a todas as mudanças climáticas, também havia outros animais como ursos, lobos, cavalos, bisontes, javalis e cabras,
Todos estes fenômenos geraram uma variedade cultural, de vida e mentalidades que explicam a diversidade permanente do território peninsular.

Pé na terra

Pé na terra é um grupo musical de música folclórica português que surgiu em 2005 na cidade do Porto. Com dois discos lançados o grupo, hoje um quinteto, aborda temas tradicionais da música de Portugal.


Os Pé na Terra hoje são um quinteto, mas quando surgiram em 2005, na cidade do Porto, eram um trio composto pelo núcleo: Cristina Castro (voz, acordeão e percussão), Ricardo Coelho (gaita-de-foles e flautas) e Tiago Soares (bateria e percussão).


Meses depois, a 1 de Abril de 2006, a banda deu o seu primeiro concerto no bar portuense Contagiarte, já com os novos membros: Tânia Pires (bandolim, melódica e voz), Rui Leal (contra-baixo) e Rui Pedro (guitarra clássica e guitarra portuguesa). O sexteto atuou nos festivais “Granitos Folk” (Porto), “Andanças” (S. Pedro do Sul) e participou na primeira incursão no panorama folk internacional no prestigiado “Festigal” em Santiago de Compostela.

Em 2007, saem de cena Tânia Pires, Rui Leal e Rui Pedro e chegam ao seio da banda: Adérito Pinto (baixo) e Hélio Ribeiro (guitarras e gaitas de foles). Dois músicos de Paços de Ferreira oriundos de outros géneros musicais com o rock e o heavy-metal. Na bagagem trazem as suas influências mais eléctricas injectando uma nova energia no som mais tradicional do trio original.

O álbum de estreia Pé na Terra foi lançado em 2007. Em 2008 a banda participou no concurso nacional do Eurofolk’J 08.

Entre 2007 e 2009, os Pé na Terra deu perto de 100 concertos. Correndo Portugal de lés a lés, o grupo viajou também até Espanha para actuar no “EuroFolk Festival” em Málaga, Espanha e no “EuroFolk J, Maiollati Spontini”, em Ancona, Itália.

Em 2009, através da Associação Adriano Correia de Oliveira, os Pé na Terra foram convidados a actuar num concerto em homenagem ao cantautor reinterpretando 3 temas da obra deste. Em 2010 o grupo lançou o seu segundo disco, simplesmente intitulado: 13, com a ajuda do engenheiro de som e produtor Pedro Rangel.

O grupo tem actuado regularmente em Portugal continental, Madeira e Açores com algumas incursões pelo estrangeiro. Bélgica, França, Itália, Espanha.

Durbedicus

O Deus das Águas


A ara que contém a única inscrição conhecida dedicada ao deus lusitano Durbedicus foi encontrada por Martins Sarmento em 1881, na torre da igreja de Ronfe, em Guimarães. Actualmente encontra-se exposta no Museu de Guimarães.

Existem várias interpretações sobre o significado de Durbedicus, embora a maioria dos autores esteja de acordo em atribuir-lhe um carácter aquático.

Adolfo Coelho interpreta o nome desta divindade como "o que goteja" ou que "faz gotejar". Diz-nos ainda que esta "denominação conviria a um deus dessas fontes escassas que muitas vezes são consideradas como em extremo milagrosas". Por outro lado afirma que este nome poderá igualmente ligar-se ao "antigo irlandês derb - 'certo', 'verdadeiro', 'ilustre'".

Segundo Leite de Vasconcelos, Durbedicus seria "um deus aquático - ou de uma fonte, ou do rio Avus, que passa perto de Ronfe". Vasconcelos associa ainda o prefiro durb- aos termos irlandeses dobor, dobur e dobhar, que significam "água", e refere o nome de dois rios com esta mesma raiz: Durbis (Bretanha) e Durbiae (Gália)

O Deus Muito Vitorioso

 
Para além destas interpretações já conhecidas, que nos seja permitido, porém, lançar mais algumas hipóteses, decompondo Durbedicus em Dur-Bedicus, ao contrário da habitual decomposição a partir de Durb-. Em irlandês antigo, Duir significa "carvalho" e "forte". É igualmente associável ao português "duro", também ligado à noção de "força". A raiz indo-europeia Dru- representa a palavra "muito" (análogo ao francês trés). Por outro lado, a raiz celta bouda significa "vitória" e o escocês buaidheach "eficiente". Lembremo-nos do nome da famosa raina celta Boudica, que liderou uma revolta contra a invasão romana na Grã-Bretanha, cujo nome significa "vitoriosa". Existe inclusive uma inscrição com o nome Boudica na Lusitânia. Por esta ordem de ideias, somos tentados a interpretar Dur-Bedicus como o "muito vitorioso", "carvalho da vitória/força". Duberdicus poderia assim ser uma divindade guerreira à qual a tribo apelaria para vencer nos combates.

Alexandre Gabriel
Mandrágora - O Almanaque Pagão 2009 - Usos e Costumes Mágicos da Lusitânia
Fonte:
http://branmorrighan.blogspot.pt/2012/11/deuseslusitanosduberdicus.htmlutm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+Morrighan+(Morrighan
)

Mu


Os MU iniciaram o seu percurso musical em 2003. Em busca de fusão e de experimentação no seio da música tradicional, muitos foram, e continuam a ser, os estilos que caracterizam esta banda portuguesa. Os seus membros dedicam-se aos mais variados instrumentos provenientes dos quatro cantos do mundo, o que permite a este projecto viajar por distintas culturas e sonoridades tradicionais e de fusão. A junção de instrumentos oriundos da Índia, Suécia, Egipto, Brasil, Marrocos, Austrália, entre outros, permitiu aos MU descobrir na música uma viagem por mundos perdidos e resgatá-los até à actualidade.


Entre danças esvoaçantes, vozes femininas e instrumentos variados, os MU criam ao vivo um momento de alegria contagiante. Nos seus espectáculos, a energia viaja no ar, e invade os corpos impelindo-os a dançar num mundo sem limites.

Ao longo do seu percurso, os MU contam já com dois trabalhos discográficos, Mundanças (2005) e Casanostra (2008).

A nível nacional, destaca-se a sua vitória no concurso de musica folk Arribas Folk e a sua participação em diversos festivais de "world music" de renome internacional, sendo eles: Sons do Atlântico, Boom Festival, Festival Internacional dos Gigantes, Ollin Kan, Portugal a Rufar, Festival Intercéltico do Porto, Andanças e Festival Intercéltico de Sendim. A nível internacional, destaca-se a sua participação nos seguintes festivais: Danzas Sin Fronteras (Espanha), Festigal (Santiago de Compostela, Espanha), Festival Folk Plasencia (Plasencia, Espanha), Festival La Carlota (Córdoba, Espanha), Festival Galdames Folk (Galdames, Espanha) e Zgetno Festival (Zagreb, Croácia)e em Bucareste, Roménia.