Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Dragões e Serpentes


Vivendo nas trevas por debaixo da terra, com pulmões de fogo, asas de pássaro e escamas de peixe, o dragão une os quatro elementos numa presença única que inspira a imaginação e assombra os nossos sonhos. Em si não é bom nem mau, simboliza a energia primordial da matéria, que pode transformar-se tanto em bem como em mal.


No Extremo Oriente, o dragão representa tradicionalmente os aspectos positivos desta energia. Unindo a terra (a serpente) ao ar (o pássaro, o sopro da vida), representa a união da matéria e do espírito. Esta força benéfica anima a terra através dos “caminhos do dragão” – artérias simbólicas através das quais a energia da terra flui.


O ocidente pagão também realçava os aspectos positivos da energia do dragão. Mas no cristianismo, a serpente e o dragão representam Satanás, o tentador, e o caos, o poder destrutivo brutal e o mal inerente ao mundo material. O dragão também acabou por simbolizar o mundo interior das emoções e do inconsciente. É a energia animal que se oculta em nós e que, quando descontrolada, pode reduzir-nos a bestas.

O Dragão que se Ergue dos Mares


No oriente estava relacionado com a erudição e a mente criativa. No ocidente, era um símbolo das profundezas do inconsciente das estranhas energias que aí residem.

Matador de Dragões


Esta imagem simboliza o triunfo do espírito sobre a matéria. A lança é o símbolo do poder masculino e dos raios de sol que se inclinam para o mundo. Na mitologia lusitana é Brigus o consorte de Trebaruna quem assume este papel. Ele é o deus protector e fomentador da civilização humana. O destruidor do caos e das trevas. O símbolo da vitória do homem racial sobre a natureza selvagem. Com a introdução do cristianismo na península é S. Miguel quem vence o dragão.

Dragão Chinês


As quatro garras de Mang, o dragão terrestre, representam os quatro elementos. Long, o dragão imperial (em cima) era provido de uma quinta garra, representando o poder espiritual que se manifestava totalmente na pessoa do imperador.

Serpente de Sete Cabeças


A um determinado nível, símbolo dos sete pecados mortais. É a combinação da serpente ou do dragão com o sete, o número místico do universo, e como tal representa a força criativa positiva.

Serpentes entrelaçadas


Símbolo da interdependência criativa do bem e do mal. Enroladas em redor de uma vara, as duas serpentes formam o cadeceu, o bastão de Hermes (Mercúrio), o deus da transição. Foi depois adoptado como símbolo da cura.

Uróboros


Encontrado tanto na Grécia antiga como no Egipto, a imagem de uma serpente que engole a própria cauda reúne o simbolismo do círculo e da serpente. Representa a totalidade, o renascimento, a imortalidade e a roda da existência.

Medusa


A Medusa fez amor num templo de Atena e a deusa ultrajada transformou-a numa megera com cobras na cabeça em vez de cabelo, cujo olhar transformava os homens em pedra. Simboliza o medo, nomeadamente o medo que os homens sentem aquando das súbitas mudanças de humor das mulheres.
 

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