Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Bandua

Bandua era um termo usado para fazer referência a uma deusa ou deus cujo culto ocorria na Ibéria por galaicos e lusitanos. Se o nome se refere a uma divindade específica ou foi um epíteto aplicado a várias deidades diferentes é algo questionável. Seria uma das principais Divindades da Lusitânia, amplamente venerada por  Galaicos e por Lusitanos, seria uma Força Bélica protectora do grupo, dos clãs, ou de um corpo de guerreiros de elite.

Pátera dedicada a Bandua
A pátera dedicada a este deus, na qual aparece o nome BAND ARAUGEL e ao meio tem uma figura aparentemente feminina e quatro altares, três deles acesos. Gera um grande quebra-cabeças, porque a imagem parece de facto feminina, mas Bandua parece ser do género masculino. Diversos autores têm-se debruçado sobre isto, argumentando uns que haveria um Bandu e uma Bandua, outros que a imagem feminina não representa Bandua mas sim uma adoradora de Bandua (porque os Lusitanos eventualmente não usariam imagens de Deuses), outros ainda dizem que a figura é de género indefinido e que isso expressa o carácter puramente abstracto de Bandua, que não teria género sexual. Mas há mais... Pode ter-se aí tratado de uma maneira romana de expressar a natureza de uma Divindade que não compreendiam e como Bandua seria em primeiro lugar uma força protectora do Povo, e do castro, acharam que Bandua seria equivalente à latina Fortuna, que é a grega Tyche, Divindades protectoras, daí a torre na cabeça que se pode ver na imagem.

Uma peça em marfim que foi encontrada num acampamento romano na Galiza e que pode representar o Deus Bandua, por ter uma espécie de cordas ao peito, que seriam alusão à capacidade de prender que Bandua teria.
A banda de folk/black metal, Azagatel, tem um tema dedicado a este deus, o qual se pode encontrar no seu excelente trabalho Lux-Citanea. Para saber mais clique aqui.


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