Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

sábado, 30 de agosto de 2014

Guerreiros Galaico - Lusitanos


Estas estátuas encontram-se por todo o noroeste peninsular, e simbolizam um guerreiro. Alguns autores atribuem a sua construção ao séc. I d.c. No entanto, outros arqueólogos como Thomas Schattner, consideram tratar-se de esculturas bem mais antigas.
Um dos argumentos que apontam para a época pré-romana, é o facto de algumas estátuas aparecerem com uma perna ligeiramente flectida, que à boa maneira greco-romana, indicam movimento. Pode portanto pensar-se numa evolução da técnica, com a chegada dos romanos.


Outro aspecto pouco referido pela maioria dos autores, é a profusa decoração existente nalguns exemplares. Encontram-se motivos geométricos em forma de “tartan”, ondas, trísceles e outras decorações, que nos sugerem a utilização de cores no tecido. A análise feita a algumas peças de teares pré-romanos sugerem a possibilidade de um grafismo semelhante ao tartan, que de resto não é nada de extraordinário, tratando-se de um hábito indo-europeu.



Guerreiro de Boticas

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