
Esta prática já provém de tempos remotos. Ao observarmos alguns povos ou tribos que ainda hoje mantêm as suas tradições ritualísticas, verificamos exemplos vivos do quanto o uso da máscara possui um valor distinto no quotidiano dessas culturas.
Em certos povos a máscara tem uma função mágica, ritualística, simbolizando na maioria das vezes, seres que possuem a capacidade de protege-los do inimigo, do desconhecido, livrando-os de doenças e proporcionando a vitória nas guerras. Também tinha a função de homenagear os deuses ou personifica-los para que estes possam contribuir para uma melhor colheita na próxima estação, assegurando assim a subsistência de um povo.
Em todos os continentes, principalmente na área abaixo da linha do equador, encontramos culturas que preservam o uso da máscara nos seus rituais sagrados. A máscara ritualística, na cultura ocidental, é marcante no auge da civilização egípcia, cujo povo acreditava na vida após a morte e nos seus rituais funebres utilizavam máscaras para realização da mumificação.
A civilização grega teve seu apogeu no séc. V a.C., período no qual o teatro também se desenvolvia a partir dos rituais das festas dionisíacas ás apresentações das tragédias e comédias gregas. A máscara acompanha a mesma evolução, passando de ritualística para teatral. Há indícios de que foi Téspis, o primeiro actor da história do teatro ocidental, a usar uma máscara para fins dramáticos, porém não se pode afirmar com clareza por citarem os nomes dos seus contemporâneos Haerili e Phrynicus. A máscara teatral grega inicialmente era confeccionada de materiais como: folhas, madeira, argila e couro.
Os romanos, ao apropriarem-se de diferentes elementos da cultura grega, absorveram o uso da máscara no seu teatro denominando-as “personas” e “larvas”. Estas denominações não eram apenas para o objeto cênico “máscara”, mas também para indicar as características expressivas e físicas da personagem. No teatro romano era comum a utilização de mais de uma máscara em cena, onde de acordo com a expressão, derivada da ação, trocava-se de larvas.
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