Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Xamanismo - O Mito


Os rituais são uma forma de vivenciar "o mito". Segundo Campbell, os mitos são pistas para potencialidades espirituais da vida humana. Quero, juntos com vocês, estudar essa "password" para entrar numa rede de poder que são os mitos.

Sthephen Larsen em Imaginação Mítica, crê que o renascimento dos mitos, que está se processando, não é simples moda. Nos tempos modernos, os mitos têm sido vistos como ilusões, mas, se assim é, são ilusões que ainda conservam o poder, como disse Joseph Campbell, de "levar adiante o espírito humano " 

Uma psicóloga, identificou o mito como o DNA cognitivo e emocional da psique - sempre novo, sempre gerador, e ao mesmo tempo tão velho como os montes que guardam os velhos segredo de nossa raça.

A mente limpa e aberta da criança cria e compreende os mitos intuitivamente, ao passo que o psicoterapeuta, o escritor criativo e o erudito trabalham demoradamente para explorar os ricos veios de sabedoria e inspiração criativa que o mito encerra.

Carl Jung concluiu em 1911 um livro revolucionário sobre a doença mental, A Psicologia do Inconsciente. Alguns anos depois, escreveu:

Mal eu havia terminado o livro, ocorreu-me o que significa viver com um mito e o que significa viver sem ele. O mito, diz um pai da Igreja, é "aquilo em que todos, por toda a parte, acreditam"; portanto, o homem que acha estar vivendo sem mito, ou fora do mito, é uma exceção. Ele é como um homem sem raízes, não tem um elo autêntico com o passado, ou com a vida ancestral que continua dentro dele, ou ainda com a sociedade humana contemporânea.

Jung dedicou sua vida a mostrar que só pela compreensão dos mitos podemos realmente compreender a psicologia, e vice versa. A mitologia proporcionou a base para o entendimento dos sonhos e das imagens simbólicas do homem moderno.

Amor - Paz e Luz !

Léo Artese


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