Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ritual Lusitano do 1º de Novembro

Ritual de homenagem e vinculação aos antigos deuses lusitanos, para realizar na noite do primeiro de Novembro.


- Subir a um monte, com um recipiente contendo vinho e, se possível, levando figos também;

- Saudar os Deuses e os Ancestrais, ao mesmo tempo elevar o recipiente acima da cabeça e derramar um pouco de vinho;

- Lançar depois pedras - a cada arremesso, nomear um Deus, e, de seguida beber um gole em Sua honra. E assim sucessivamente, para cada Divindade.

Este ritual é apenas uma reconstrução baseada no ritual popular realizado em Longroiva (ou Meda; Longroiva parece estar situada nas proximidades do local onde outrora existiu o castro de Longóbriga) no dia 31 de Outubro, véspera de Todos os Santos, a versão cristianizada do Samain. Os jovens subiam ao Morro da Faia, encosta íngreme, levando consigo figos e uma cabaça de vinho ou de aguardente a lá de cima lançavam pedras, evocando um santo a cada lançamento e bebendo um trago de vinho em sua honra.

Estas pedras podem bem ser resquícios das cabeças de gado que outrora eram sacrificadas pelos Celtas em grandes hecatombes, pois esta era a altura de abater todas as reses que não fossem necessárias à criação.
No sopé desse monte, observam-se vestígios de uma edificação que poderia ter sido um santuário romano, a qual poderia por sua vez prolongar um culto indígena.

Na Escócia, há um ritual parecidíssimo que inclui figos e vinho. Quanto ao vinho e aos figos utilizados em celebração eventualmente análoga escocesa nesta data, parece uma coincidência grande demais com o ritual acima descrito para que não exista uma ligação pagã porventura bastante arcaica.

Fonte: http://lealdadesacra.no.sapo.pt/rituais_if.htm

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