Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Confissões de uma freira pagã

Romance histórico de Kate Horsley
 
A história de Gwynneve, uma freira irlandesa do século V colocada entre dois mundos: o legado da antiga sabedoria dos druidas e a crescente expansão do Cristianismo.

Como um raio de luz solar que ilumina jóias há muito enterradas, o romance de Kate Horsley dá voz a um silêncio antigo e uma vida inesperada e cheia de brilho a pessoas que viveram num tempo de obscurantismo e de grandes mudanças, a que chamamos Idade das Trevas.

Ursula K. Le Guin

Um envolvente romance histórico baseado na descoberta de um manuscrito do século V que retrata na primeira pessoa a experiência de Gwynneve, uma freira irlandesa colocada entre dois mundos: o legado da antiga sabedoria dos druidas e a crescente expansão do cristianismo. Ao fim de mil e quinhentos anos, o «espectro» de Gwynneve vem à luz transmitindo-nos a sua história ocultada, através desta genial e rigorosa adaptação ao romance histórico com base no seu manuscrito original encontrado numa escavação nas proximidades de Kildare, na Irlanda. Este codex está escrito em gaélico com algumas frases em latim e pode ser lido na sua forma original nos arquivos do Trinity College, em Dublin.



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